Vereador Kleybe é investigado por suposta compra de votos e acúmulo de cargos

A Polícia Federal investiga, a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE), o vereador Kleybe Morais (MDB) por suposta compra de votos em troca de cargos na secretaria municipal de Educação durante a gestão Iris Rezende (MDB) – a sentença deve sair em poucos dias, acredita o parlamentar. Além disso, em outra denúncia, o político é acusado acumular cargos públicos – de vereador e de servidor do município de Goiânia à disposição do Cerea (Centro de Recuperação de Alcoólatras de Goiânia).

Ao Mais Goiás, o parlamentar declarou – sobre o primeiro caso – que não foram apresentadas provas em quase cinco anos de investigação. Em relação ao segundo, ele afirmou que a Constituição prevê a possibilidade de exercer ambos os cargos, desde que haja compatibilidade, o que era a situação. “Isso é mera perseguição.”

Casos

O portal entrou em contato direto com a assessoria de imprensa do MP-GO para mais detalhes sobre a investigação de suposta compra de votos. Segundo o órgão, a “promotora de justiça Emeliana Rezende de Souza, em atuação no Ministério Público Eleitoral, na 134ª Zona Eleitoral, instaurou procedimento para apuração de denúncia neste sentido. Como existiam indícios de crime eleitoral, ela requisitou instauração de inquérito pela Polícia Federal”.

Já sobre o acúmulo de cargos, segundo uma fonte, o parlamentar teria supostamente embolsado indevidamente R$ 240 mil na secretaria municipal de Governo. A promotora responsável pelo caso, Villis Marra, não confirmou o valor, mas disse que existe uma investigação sobre um montante que ele teria recebido do município.

“Há um inquérito civil público em trâmite na 78ª Promotoria de Justiça, cujo objeto é a acumulação de cargos do vereador Keybe. É sobre a acumulação de cargos públicos, de vereador e de servidor do município de Goiânia”, enfatizou.

Vereador

Em entrevista ao Mais Goiás, Kleybe disse estar muito tranquilo sobre toda a questão. Em relação a compra de votos, ele lembrou que a investigação ocorre desde 2016 e, segundo ele, nada foi provado. Além disso, ele lembra que, na sexta-feira (5) houve uma audiência sobre o caso, e o MP fez as considerações finais, nesta quinta-feira (11). “A sentença, então, deve sair na semana que vem.”

“Eu não estive na audiência na última sexta, mas meu advogado esteve e disse que foi bem tranquilo”, completou. Sobre o caso de acúmulos, ele reforça que o vereador pode acumular vários cargos, desde que haja compatibilidade, o que está previsto na Constituição.

“Fiquei à disposição do Cerea de janeiro de 2017 a outubro de 2018, e depois só na atividade parlamentar. Não há nada de errado. Dentro da lei, autorizado pelo prefeito e pela procuradoria-geral do município, inclusive, com as folhas de ponto”, argumentou. “Então, isso é mera e gratuita perseguição e eu estou muito tranquilo.”