NOTA

Gestão Rogério diz que pedidos de impeachment não tem “respaldo na realidade”

“Questões de ordem administrativa, como fila nos cais, coleta de lixo e buracos em vias são motivos de queixas das populações de rigorosamente 100% dos municípios e estados brasileiros"

Pedidos de impeachment contra Rogério Cruz não tem "respaldo na realidade", diz prefeitura de Goiânia
Pedidos de impeachment contra Rogério Cruz não tem "respaldo na realidade", diz prefeitura de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

A Prefeitura de Goiânia, por meio de nota nesta quinta (30), disse que aos dois pedidos de impeachment contra o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), protocolados na Câmara Municipal na quarta (29), falta “rigor jurídico”. “Não encontram respaldo na realidade, carecem de rigor jurídico, são baseados em dados incorretos e não ensejam crimes de responsabilidade”, diz o texto.

Ainda conforme a nota, Rogério Cruz tomou conhecimento das manifestações pela imprensa e entende se tratar de insatisfações administrativas. “Questões de ordem administrativa, como fila nos cais, coleta de lixo e buracos em vias são problemas que não se encerram. São motivos de queixas das populações de rigorosamente 100% dos municípios e estados brasileiros. A Prefeitura de Goiânia, por seu turno, trabalha diariamente para minimizar essas situações.”

Além disso, afirma ser “rigorosamente falsa a alegação de que a prefeitura descumpriu os investimentos mínimos em educação e em saúde, este último supera, em larga margem, o percentual constitucional devido à pandemia da Covid-19”, o que é alegado em uma das peças.

Pedidos de impeachment

Os pedidos de impeachment contra Rogério Cruz aparecem em um momento de tensão entre o Legislativo e o Executivo, com diversas denúncias sobre irregularidades supostamente ocorridas no âmbito da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A empresa é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CEI) na própria casa legislativa.

Um deles, o pedido apresentado por Kairo Vitor Barros menciona justamente a CEI da Comurg. Além disso, aponta que a prefeitura não teria cumprido investimento mínimo em educação nos primeiros cinco meses de 2021 e 2022. O mesmo ocorreu em relação à saúde nos meses de janeiro de 2021 e 2022.

Já a denúncia apresentada pelos advogados João Paulo Tavares e Hudson Bollela cita buracos nas ruas, aumento abusivo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e viagens. Os pedidos ainda precisam passar pela procuradoria da Câmara Municipal para seguir adiante na casa legislativa.

Confira a posição da prefeitura na íntegra:

O prefeito Rogério Cruz tomou conhecimento das manifestações pela imprensa e entende tratar-se de insatisfações administrativas.

Os argumentos das peças não encontram respaldo na realidade, carecem de rigor jurídico, são baseados em dados incorretos e não ensejam crimes de responsabilidade. É rigorosamente falsa a alegação de que a prefeitura descumpriu os investimentos mínimos em Educação e em Saúde, este último superando em larga margem o percentual constitucional devido à pandemia da Covid-19.

Em 2021, a Prefeitura de Goiânia aplicou R$ 806 milhões na área da saúde, o que corresponde a 20,92% da receita resultante de impostos e transferências constitucionais legais, frente ao mínimo de 15%. No mesmo ano, para a Educação, foram investidos R$ 993 milhões, o que resulta em 25,49% das receitas para apuração legal, portanto, acima do mínimo constitucional de 25%.

Questões de ordem administrativa, como fila nos Cais, coleta de lixo e buracos nas vias, são problemas que não se encerram e motivos de queixas das populações de rigorosamente 100% dos municípios e estados brasileiros. A Prefeitura de Goiânia, por seu turno, trabalha diariamente para minimizar essas situações.

Como política prioritária, a Prefeitura de Goiânia investe, por meio do programa Goiânia Adiante, o montante de R$ 144 milhões para a construção de 14 novas unidades de saúde, três delas já iniciadas, além de reforma de cinco unidades, reconstrução de outras duas e manutenção em 142 prédios administrados pela Saúde.

Na área da Educação, o Goiânia Adiante prevê a entrega de novas 36 unidades de educação, sendo a retomada de 12 obras paralisadas por outras gestões, entrega de 4 construções modulares, e a construção de novos 20 Cmeis, que resultarão no incremento de 10 mil vagas apenas para os Cmeis.

Prefeitura de Goiânia