DECISÃO

Defesa de prefeito de São Simão pede licença médica, mas Câmara rejeita

A defesa do prefeito de São Simão, Francisco Assis Peixoto (PSDB), pediu o afastamento dele…

Defesa de prefeito de São Simão pede licença-médica, mas Câmara rejeita
Francisco de Assis (PSDB), prefeito de São Simão (Foto: Reprodução/Facebook)

A defesa do prefeito de São Simão, Francisco Assis Peixoto (PSDB), pediu o afastamento dele do cargo por 90 dias em função de problemas de saúde saúde, mas o requerimento foi rejeitado pela Câmara Municipal em sessão extraordinária nesta terça (10). O tucano está preso desde o dia 28 de julho por suspeita de envolvimento em crime contra a dignidade sexual de menor de idade.

“Trata-se de pedido de licença médica, pelo prazo de 90 (noventa) dias, em virtude de problemas de saúde, devido a própria situação em que se encontra, ser hipertenso, com histórico de AVC – aneurisma. Além de que, licenciado do cargo, demonstra maior isenção e condições para se defender das acusações”, diz a nota.

Presidente da Câmara, Lucas Barbosa Vasconcelos (PSL) confirmou ao Mais Goiás o pedido e a negativa. “O pedido foi protocolado às 17h31 de segunda e, nesta terça pela manhã convocamos uma sessão extraordinária, com o pedido rejeitado de forma unânime.”

Ele explicou ao portal, que, mesmo com a rejeição, o vice-prefeito da cidade, Fábio Capanema de Souza, foi convocado à Casa para assumir a administração de São Simão. “Mesmo sem garantira a licença, pois entendemos que o município está sem comando”, pontua.

O Mais Goiás tentou novo contato com o advogado do prefeito, Edemundo Dias, mas não teve sucesso. O espaço segue aberto, caso ele queira comentar a recusa do pedido.

Caso do prefeito de São Simão

Durante a prisão, ocorrida em uma quarta-feira, foram cumpridos também três mandados de busca e apreensão. Participaram da operação 4 promotores de Justiça, 4 delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis. O Centro de Inteligência do MP-GO apoiou a operação.

Uma das supostas vítimas do prefeito, o jornalista Luís Manuel Araújo se manifestou sobre o caso nas redes sociais. Em uma postagem, ele afirmou que fez a denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e que sofreu abusos sexuais entre os anos de 2001 e 2007, quando tinha 9 anos.

Segundo o comunicador, por conta do crime, desenvolveu graves transtornos mentais e toma remédios para tratar os traumas causados pelos abusos. “A cidade merece essa minha satisfação. Dinheiro não me compra, eu já defendi muito ele, agora estou enfim liberto dessa sombra na minha vida.”

Pedido de impeachment

Destaca-se, Luís Manuel Araújo foi à Câmara Municipal da cidade na manhã no último dia 3 de agosto e protocolou um pedido de impeachment. Para o advogado de Francisco, Edemundo Dias, é prova de politização do caso. “Se ele estivesse preocupado com o honra não iria à Câmara”, afirmou.

Ainda ao portal, o presidente da Câmara de São Simão comentou o pedido de impedimento. Lucas explicou que até a quinta-feira (12) a procuradoria da Casa deve finalizar o parecer jurídico. Na próxima semana, começam às sessões ordinárias e se o texto estiver de acordo com o regimento será lido em plenário e colocado para votação.

Caso seja aprovado, explica o parlamentar, cria-se uma comissão especial para a análise do pedido. Este colegiado tem até 90 dias para concluir os trabalhos, podendo finalizar antes.

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