Wolney Queiroz é cotado para o Ministério do Trabalho; veja quem é
Wolney Queiroz foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, entre os anos de 1996 e 2023. É nascido em Caruaru

Embora Carlos Lupi ainda não tenha sido sequer demitido, já se especula em Brasília quem provavelmente será o próximo ministro do Trabalho. O mais cotado no momento é o ex-deputado federal Wolney Queiroz, do PDT.
Wolney não representa ruptura com o status administrativo do ministério. Ele é, até aqui, o braço direito de Lupi na gestão da pasta e tem a vantagem de conhecer a dinâmica do Congresso Nacional (o que pode ajudar o governo a vencer a guerra a ser travada na CPI do INSS).
O PDT entende que o ponto contrário de Queiroz é o fato de ele estar completamente envolvido na atual gestão, vista como responsável pela fraude de R$ 6,3 bilhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A esperança do PDT é a de que Lula não leve isso em conta.
Outra dúvida que paira em Brasília é se o presidente vai acatar uma nova sugestão do partido. Se isso não acontecer, a tendência é a de que a legenda trilhe um caminho de “independência” com relação ao Planalto.
Quem é Wolney Queiroz
Wolney foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, sendo que o primeiro começou em 1996 e o último, em 2020. Em todas as ocasiões, ele estava filiado ao PDT. Nasceu em Caruaru, no interior do Pernambuco, é empresário formado em Administração e tem 52 anos.
Carlos Lupi de saída
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão como iminente a queda do ministro Carlos Lupi (Previdência). Apesar da ausência de provas de sua participação no esquema de descontos ilegais de aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), prevaleceu a ideia de que ele não tomou providências para deter o problema e também não reagiu como deveria após a explosão do caso.
Segundo ao menos dois auxiliares do governo, Lupi pode deixar o cargo ainda nesta sexta (2). O ministro e o presidente devem se encontrar daqui a pouco no Planalto.
Segundo um interlocutor do ministro, o chefe da Previdência está “muito desconfortável” desde o anúncio da escolha do novo presidente do INSS, da qual ele não participou.
Interlocutores do presidente fazem questão de lembrar que o esquema foi instalado em governos anteriores. Frisam ainda que as investigações foram iniciadas na gestão de Lula, incluindo agora a escolha de um novo presidente do INSS com perfil de “xerife”. O procurador Gilberto Waller Júnior foi escolhido para chefiar o instituto.