PODER EM JOGO

PSDB de Marconi Perillo perde governadora para o PSD

Agora, os tucanos tem apenas dois governadores no quadro de filiados

Raquel Lyra, ao lado de Kassab, no ato de filiação ao PSD (Foto: Divulgação)

O PSDB sofreu mais um revés político com a filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD. O movimento, oficializado nesta segunda-feira (10), enfraquece ainda mais o partido presidido nacionalmente pelo ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, que já vinha perdendo espaço no cenário nacional desde a última eleição presidencial. O evento de filiação, realizado no Recife Expo Center, contou com a presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e de ministros da sigla, como Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura).

A saída de Raquel Lyra do PSDB não deixa de representar um baque para os tucanos, que, agora detém apenas dois governadores eleitos em mandato: Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul e Eduardo Leite no Rio Grande do Sul.

Desde a ascensão do bolsonarismo e do enfraquecimento da terceira via, os tucanos vêm enfrentando dificuldades para manter lideranças de expressão nacional. Ex-governador de Goiás e atual presidente do partido, Marconi Perillo tem trabalhado para revitalizar o PSDB, mas a debandada de nomes estratégicos sinaliza desafios à sua missão.

A nova filiada ao PSD já assumiu o comando do diretório estadual da sigla, que antes estava sob a liderança de André de Paula. Em discurso, Raquel garantiu que a mudança partidária não é oportunista, mas uma escolha alinhada a seus princípios. “Não é uma aliança de ocasião, mas de propósito. Com pessoas que trabalham para fazer o nosso país melhor para viver. Com valores inalienáveis, de defesa da democracia, das instituições”, afirmou.

Além de fortalecer o PSD no Nordeste, a filiação de Raquel Lyra já desperta especulações sobre o futuro político da governadora. Kassab, conhecido por sua habilidade em construir projetos de longo prazo, não escondeu sua ambição de lançar Raquel como presidenciável no futuro. “Não tenho dúvidas de que, com a reeleição de Raquel [em 2026], o Brasil começará a sonhar com ela na Presidência”, declarou.