SAÚDE

Bolsonaro retira cálculo na bexiga e passa bem, diz hospital

A cirurgia para remoção de cálculo na bexiga de Jair Bolsonaro, realizada na manhã desta…

O presidente Jair Bolsonaro falou hoje (22) a noite em frente ao Palácio da Alvorada que o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril não traz provas de uma suposta interferência sua na Polícia Federal. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil

A cirurgia para remoção de cálculo na bexiga de Jair Bolsonaro, realizada na manhã desta sexta-feira, foi bem-sucedida e o presidente passa bem, informou o boletim médico.

O presidente deu entrada na manhã desta sexta-feira no Hospital Albert Einstein e passou por um procedimento cirúrgico para a retirada de cálculo da bexiga. Segundo o hospital, a cirurgia foi realizada sem intercorrências, durou cerca de 1h30 e a pedra foi totalmente removida. Bolsonaro está estável, sem febre ou dor.

Ele foi acompanhado por dois médicos, o cardiologista Leandro Echenique e o urologista Leonardo Lima Borges. O presidente já havia dito em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada que possui o cálculo há mais de cinco anos. De acordo com ele, a pedra tinha  entre 2,5 e 3cm.

Segundo o boletim médico, o procedimento ao qual o presidente foi submetido é chamado de Cistolitotripsia endoscópica a laser sob anestesia. Ele é considerado simples e não invasivo.

Segundo o urologista Rafael Buta, ouvido pelo GLOBO, o cálculo na bexiga se forma quando existe alguma obstrução na via de saída da bexiga.

— Forma-se essa pedra, é uma pedra. Se a gente pega ela, é dura. O cálculo pode causar dor ao urinar, piora o fluxo da urina e até sangramento — afirmou.

De acordo com Buta, o procedimento ao qual o presidente foi submetido é utilizado para cálculos menores. Um tubo flexível com uma câmera na ponta entra pelo canal da uretra e segue até a bexiga do presidente.

Uma vez na bexiga, com o uso da câmera, a pedra é identificada e fragmentada com laser. O laser divide a pedra em fragmentos menores, que posteriormente são retirados.

Segundo o presidente, ele já apresenta esse cálculo na bexiga há 5 anos. De acordo com o urologista Rafael Buta, isso é possível de acontecer, mas o médico diz que a presença pode vir a ser bastante desconfortável.

— A bexiga é como um balão, uma bexiga de festa. É como colocar dentro uma bolinha e encher o balão de ar. A bolinha vai tampar a saída. No corpo humano, é quando está urinando. É desconfortável — disse.

Outras cirurgias

Desde que sofreu uma facada, ainda durante a campanha à Presidência, em Juiz de Fora (MG), o presidente Jair Bolsonaro já passou por cinco cirurgias. A primeira dela ocorreu logo depois da facada, ainda na cidade mineira.

Já em São Paulo, o presidente passou por uma cirurgia de desobstrução do intestino. Após a posse, em janeiro, realizou mais um procedimento para retirar a bolsa de colostomia colocada após a facada.

Por fim, para corrigir uma hérnia causada por uma das operações anteriores, uma consequência comum em operações no intestino, o presidente passou por um novo procedimento em setembro do ano passado.

Em janeiro deste ano, o presidente foi internado para a realização de exames e realizou também uma vasectomia, cirurgia para homens que não desejam ter mais filhos. Essa cirurgia não foi confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto.