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Brasil acusa Israel de não ter ‘limite ético’ em ataque em Gaza

Governo publicou nota cobrando respostas da comunidade internacional

Brasil acusa Israel de não ter limite ético em ataque em Gaza Governo publicou nota cobrando respostas da comunidade internacional
Foto: Agência Brasil

Brasil acusa Israel de não ter limite ético: O governo brasileiro está acusando as autoridades de Israel de não terem “qualquer limite ético ou legal” em sua ofensiva militar em Gaza. Numa nota emitida na manhã desta sexta-feira (1º), o governo cobrou da comunidade internacional uma resposta e afirmou que tomou conhecimento “com profunda consternação, dos disparos por arma de fogo, por forças israelenses, ocorridos ontem, no norte da Faixa de Gaza, em local em que palestinos aguardavam o recebimento de ajuda humanitária”.

“Na ocasião, mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 750 feridas por tiros, pisoteio ou atropelamento”, afirma o comunicado.

De acordo com o governo, as aglomerações em torno dos caminhões que transportavam a ajuda humanitária “demonstram a situação desesperadora a que está submetida a população da Faixa de Gaza e as dificuldades para obtenção de alimentos”.

As cenas também foram denunciadas pela ONU. Os governos da Alemanha e da França cobraram de Israel “explicações” sobre o acontecido.

Para o governo brasileiro, trata-se de uma “situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos”.

Críticas

Ainda no comunicado, o governo ataca o comportamento das autoridades de Israel, inclusive por conta de comentários feitos após os ataques. “Declarações cínicas e ofensivas às vítimas do incidente, feitas horas depois por alta autoridade do governo Netanyahu, devem ser a gota d’água para qualquer um que realmente acredite no valor da vida humana. A ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal”, diz.

“Cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão. Autoridades da ONU e especialistas em ajuda humanitária e assistência de saúde de diferentes organismos e entidades vêm denunciando há meses a sistemática retenção de caminhões nas fronteiras com Gaza e a situação crescente de fome, sede e desespero da população civil. Ainda assim, a inação da comunidade internacional diante dessa tragédia humanitária continua a servir como velado incentivo para que o governo Netanyahu continue a atingir civis inocentes e a ignorar regras básicas do direito humanitário internacional”, continua o governo.

Para o governo, a “humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres”.

O Brasil ainda reafirma seu firme repúdio a toda e qualquer ação militar contra alvos civis, sobretudo aqueles ligados à prestação de ajuda humanitária e de assistência médica.

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*Com informações do UOL