DEBATE

Caso Valério: “Maurício Sampaio não aceitava críticas e reagia de forma violenta”, diz promotora

Ainda em debate entre acusação e defesa, a promotora de Justiça Renata Souza disse que…

A promotora de Justiça Renata Souza disse que o ex-vice-presidente do Atlético, Maurício Sampaio, não aceitava críticas contra ele e o clube. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)
A promotora de Justiça Renata Souza disse que o ex-vice-presidente do Atlético, Maurício Sampaio, não aceitava críticas contra ele e o clube. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

Ainda em debate entre acusação e defesa, a promotora de Justiça Renata Souza disse que o ex-vice-presidente do Atlético, Maurício Sampaio, não aceitava críticas contra ele e o clube. De acordo com ela, o ex-cartorário, acusado de mandar matar o radialista Valério Luiz, reagia de forma violenta a comentários negativos.

“Ele reagia de forma violenta, mas saía no murro com as pessoas, exceto em um episódio com Alípio [jornalista que fez críticas a Maurício]. Ele andava cercado de seguranças informais e disse várias vezes que só tinha confiança de ir em alguns jogos com Djalma e Ademá, ambos acusados de envolvimento da morte de Valério”, destacou.

Antes disso, a promotora exibiu um vídeo do radialista tecendo críticas aos dirigentes do Atlético Goianiense, falas que teriam gerado animosidade, incômodo, e, consequentemente, a morte do profissional.

Para Renata Souza, o crime aconteceu pela fala da vítima, que foi ao ar em junho de 2012. Ela pontuou que Valério chegou a comentar com pessoas próximas que estava temoroso por conta das críticas feitas.

Assassinato

Ainda na fala, Renata Souza disse que, no dia 5 de julho de 2012, quando saía do trabalho após expediente em uma rádio, foi atingido por disparos de arma de fogo efetuados por um homem em uma motocicleta. O executor do crime teria sido o réu Ademá Figueiredo, a mando de Maurício Sampaio, segundo os autos.

A promotora também disse que a quebra de sigilos telefônicos demonstraram o envolvimento dos acusados, ajudaram a traçar a linha cronológica do crime e dão robustez à denúncia contra Maurício Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueredo, Djalma da Silva e Marcus Vinícius Xavier.

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