SAÚDE

Dados preliminares indicam alta eficácia de vacina contra varíola dos macacos

A vacina contra a varíola dos macacos é altamente eficaz e oferece proteção duas semanas após a…

Agora são dois óbitos em Minas Gerais e dois no Rio de Janeiro. Varíola dos macacos: Brasil registra quarta morte pela doença
(Foto: OMS)

A vacina contra a varíola dos macacos é altamente eficaz e oferece proteção duas semanas após a primeira dose, informou nesta quarta-feira o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.

Uma análise preliminar publicada pela agência americana concluiu que entre 31 de julho e 3 de setembro, as pessoas não vacinadas tinham um risco 14 vezes maior de contrair a doença em relação às imunizadas, 14 dias depois de sua primeira dose.

Os resultados se basearam em infecções confirmadas em 32 jurisdições de todo o país. Os Estados Unidos registraram mais de 25 mil casos no surto atual, que começou em maio deste ano e afetou principalmente homens que fazem sexo com outros homens.

— Estes novos dados trazem um nível de otimismo cauteloso de que a vacina está funcionando segundo o previsto. À luz destes dados promissores, recomendamos firmemente que as pessoas recebam duas doses da vacina Jynneos, com intervalo de 28 dias, para garantir uma proteção duradoura contra a varíola do macaco —, disse aos jornalistas a diretora do CDC, Rochelle Walensky, em coletiva de imprensa.

No entanto, apesar de ter sido aprovada, ainda não há uma estimativa de eficácia confirmada para a vacina Jynneos. Isso porque os estudos anteriores só analisaram animais e coletaram dados de resposta imune humana.

Em todo o mundo, mais de 66 mil casos de varíola do macaco foram detectados. O numero de novas infecções, no entanto, diminuíram muito desde agosto.

Os Estados Unidos administraram mais de 680 mil doses da vacina Jynneos, concentrando seus esforços em homens homossexuais e bissexuais, além de pessoas transgênero e de gênero diverso.

O coordenador adjunto de resposta à epidemia da Casa Branca, Demetre Daskalakis, disse que a campanha avançava para uma nova fase na qual a vacina será ofertada a pessoas sem exposição prévia substituindo àquelas que tiveram algum tipo de contato.

Para reduzir o estigma, a nova diretriz permite aos profissionais de saúde administrar a vacina em áreas do corpo menos visíveis, incluindo ombros e a parte superior das costas em vez do antebraço, acrescentou.