SEGURANÇA

Delegados da Polícia Federal anunciam paralisações e pedem saída de ministro da Justiça

Depois de uma Assembleia Geral Extraordinária, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) anunciou…

Delegados da Polícia Federal aprovam paralisação e pedem saída de ministro da Justiça (Foto: Reprodução
Delegados da Polícia Federal aprovam paralisação e pedem saída de ministro da Justiça (Foto: Reprodução

Depois de uma Assembleia Geral Extraordinária, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) anunciou que vai promover paralisações parciais e progressivas, e que vai entregar cargos em todo o país. O comunicado, divulgado nesta quarta-feira (4), também cobra a renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres, que é delegado federal.

A categoria se diz indignada com a falta de resposta do governo federal sobre o reajuste e reestruturação da carreira.

A nota da ADPF diz que o calendário das paralisações será definido com as demais categorias da Polícia Federal. “Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF”, diz trecho do comunicado.

A associação afirma que o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a bandeira da segurança pública para se eleger e descumpriu compromissos, depois de empossado.

“É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro, e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição. Os policiais federais merecem respeito. Investir em Segurança Pública é investir em seu principal ativo: o policial”, diz a nota.

No fim do ano passado, o governo anunciou R$ 1,7 bilhão no Orçamento da União, mas, após outras categorias protestarem pelo subsídio, o Executivo recuou e anunciou um reajuste linear (para todas as categorias da União) de 5%. Mesmo assim, para a PF, esse percentual continua inaceitável.

Enquanto a categoria pressiona por um aumento, o governo afirma ainda não ter nenhuma posição sobre o assunto.