Investigação

Detentos encomendaram a execução de agentes em Anápolis, conclui polícia

Pelo menos um dos agentes executados a tiros no mês janeiro na cidade de Anápolis, …

Pelo menos um dos agentes executados a tiros no mês janeiro na cidade de Anápolis,  a 55 quilômetros de Goiânia, foi a mando de de dois presos  – que cumprem pena na penitenciária daquela cidade. A informação é da Polícia Civil.

Ao elucidar a morte de Eduardo Barbosa dos Santos,  vigilante penitenciário temporário, a polícia descobriu que a intenção inicial dos mandantes era para que pistoleiros executassem dois policiais militares que estivessem de serviço em alguma viatura.

Recolhidos na Ala C do presídio de Anápolis, Pedro Henrique Pereira da Silva, e Anderson Diego, segundo a polícia, ofereceram R$ 20 mil para que Bruno César de Oliveira, o “Gueroba”, e Wellington dos Santos Fernandes, o “Satanás”, executassem dois policiais militares dentro de uma viatura.

“Por questão de logística, eles não conseguiram cumprir a determinação, depois planejaram atacar uma escolta prisional, mas também não tiveram coragem, e então ficaram na porta da cadeia esperando qualquer agente que saísse fardado, ocasião em que seguiram o Eduardo Barbosa, e o mataram com 22 tiros. Tudo isso porque a direção do presídio havia aumentado o rigor nas revistas e acabado com regalias após as rebeliõ0es e fugas registradas no estado no início do ano”, relatou o delegado Alex Vasconcelos, adjunto da Deic, e que participou da força tarefa montada pela Polícia Civil para elucidar os assassinatos em Anápolis.

Dois dias após o crime, Bruno César foi morto a tiros por Wellington, que contou com a ajuda de Clayton Silva, e Islouvich Richars Salles. De acordo com as investigações, Bruno teria sido morto a mando de Pedro Henrique e Anderson Diego, como queima de arquivo, uma vez que fotos dele já estavam circulando em grupos de Whatsapp de policiais e agentes.

Com as prisões preventivas decretadas, todos os suspeitos foram detidos nesta quarta-feira (7), em Anápolis. “Esta foi só a primeira etapa da operação, na segunda nós vamos apurar quem matou ou mandou matar, no mesmo dia, o agente prisional Ednaldo Monteiro. Não descartamos nenhuma possibilidade, mas, a priori, não há ligações entre as duas execuções”, concluiu Alex Vasconcelos.

Durante as investigações, os agentes descobriram que Bruno e Wellington, novamente a mando de Pedro Henrique e Anderson Diego, mataram outras duas pessoas em Anápolis em dezembro do ano passado. Um outro preso que cumpre pena em Anápolis, Lucas Machado do Nascimento, segundo a polícia, também pode ter tido participação na morte do vigilante temporário, uma vez que os investigadores descobriram que ele manteve vários contatos com Bruno e Pedro Henrique dias antes da execução.