Economia

Dólar fecha acima de R$ 2,87 e volta a atingir o maior valor desde 2004

// O dólar voltou a fechar em forte alta nesta quarta-feira (11/02). A moeda norte-americana…


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O dólar voltou a fechar em forte alta nesta quarta-feira (11/02). A moeda norte-americana subiu 1,33% frente ao real, cotada a R$ 2,8742. Este é o maior valor desde 25 de outubro de 2004, quando o dólar fechou cotado a R$ 2,8817 na venda, segundo dados do Banco Central.

O dólar já acumula alta de 6,87% neste mês e de 8,11% no ano. O real é a moeda de pior desempenho frente ao dólar em fevereiro, considerando as 34 divisas mais negociadas ante a americana.

Casas de câmbio já vendem dólar a R$ 3

A alta da moeda americana já começa a preocupar quem planeja ou está com viagem marcada para o exterior. Na Cotação Corretora, ontem o dólar americano em espécie era vendido a R$ 3,04, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A moeda no cartão pré-pago, com taxa de IOF maior, era comercializada a R$ 3,19.

Na Confidence Corretora, o dólar em espécie também era vendido a R$ 3,04, e o produto no cartão pré-pago, a R$ 3,20. Na Sol Corretora, o dólar em dinheiro saía um pouco abaixo da marca dos R$ 3, a R$ 2,96. Já no cartão pré-pago, a cotação era de R$ 3,15.

O preço salgado do dólar turismo já gera preocupações nos viajantes. Para Alexandre Fialho, diretor da Cotação Corretora, por causa do cenário de incertezas e da volatilidade do câmbio, a melhor opção é comprar quantias aos poucos. “Os viajantes já estão programando sua saída com antecedência, então também precisam programar e parcelar a compra da moeda”, diz. “Comprando uma certa quantia por mês, ele terá uma média do preço – pode não ter o melhor, mas dificilmente terá o pior. É quase impossível acertar o menor preço. Se nem os especialistas sabem ao certo para onde vai o dólar, imagina o viajante”, diz.

Em relação ao tipo de produto, ele recomenda que o viajante tenha sempre uma quantia no cartão pré-pago, mesmo com a incidência maior do IOF, pela comodidade e pela segurança. “Se houver qualquer imprevisto, ele pode fazer uma recarga a distância.” Em dezembro de 2013, o governo elevou de 0,38% para 6,38% o IOF para gastos no exterior com cartões de débito e pré-pagos, cheque de viagem e saques em moeda estrangeira.

Mauro Calil, especialista de investimentos do banco Ourinvest, acredita que o viajante deve juntar dinheiro e comprar a quantia que necessita o mais rápido possível, por causa da tendência de alta do dólar. “Ele deve chegar a R$ 3, o problema é quando. Acredito que no meio do ano, entre junho e agosto”, diz.

Investimento

A alta do moeda também desperta o interesse de investidores que querem saber se vale a pena comprar dólar como aplicação financeira. Para quem não vai viajar, Calil não aconselha o investimento em câmbio, pelo alto risco da operação. “Dólar ou valoriza ou desvaloriza. Não rende juros, nem aluguel, nem dividendos”, afirma. “Para aplicação em poucas quantidades, é melhor optar pela renda fixa, com 5% de rendimento em 5 meses a risco zero, do que 8% ou 10% de ganho no mesmo período com um risco muito mais elevado.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.