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Variação de preços de materiais escolares em Goiânia chega a até 392%

A variação dos preços de materiais escolares na capital vai de 11% e pode chegar…

A variação dos preços de materiais escolares na capital vai de 11% e pode chegar a até 392%. Os dados são do Procon Goiânia, em pesquisa feita com 37 itens em nove estabelecimentos comerciais entre os dias 18 e 22 de dezembro, e podem ser conferidos na íntegra aqui.

O objetivo da pesquisa, segundo o órgão, é alertar os consumidores quanto às variações de preços dos materiais escolares solicitados com mais frequência pelos estabelecimentos de ensino da capital. As maiores variações foram registradas nos preços de fichários, tesouras sem ponta, réguas de 30 cm, borrachas brancas e plásticos transparentes adesivos para encampar. Nesses produtos, a diferença entre o menor e o maior preço foi de 200% a 392%.

Já os produtos que apresentaram menor variação de preço entre os diversos estabelecimentos pesquisados foram: resma de papel sulfite A-4, caneta esferográfica, marcador de texto, corretivo líquido e o jogo de canetinhas de 12 cores. Apesar de uma maior similaridade dos preços, a diferença ainda é grande, variando, segundo o Procon, entre 11,68% e 53,33%.

Para o superintendente do Procon Goiânia, José Alício de Mesquita, o consumidor pode economizar até R$ 65 na compra dos cinco itens com maior variação de preços e até R$ 6,19 na aquisição daqueles outros cinco produtos que apresentaram menor oscilação nos preços. “O consumidor deve ficar atento e não comprar no primeiro estabelecimento, mas pesquisar. Nós sabemos que a aquisição de materiais escolares pesa no orçamento das famílias, por isso fizemos esse apanhado de preços para que o consumidor possa planejar suas compras e conseguir economizar algum dinheiro”, explica.

Atenção e pesquisa

De acordo com o Procon Goiânia, os preços dos materiais escolares mantiveram certa estabilidade se comparados com os dados de janeiro de 2017. Em relação aos valores previstos para janeiro de 2018 houve oscilação de -20% a 56,9% entre os de menor valor, e de -20% a 18,57% entre os preços mais elevados.

O órgão orienta o consumidor a evitar a compra exagerada de produtos materiais solicitados pelas escolas. O superintendente lembra que não é permitida a inclusão de produtos de expediente, uso coletivo ou de limpeza nas listas de materiais, visto que esses produtos são de responsabilidade da escola e que os custos deles já estão inclusos na mensalidade cobrada pela instituição de ensino.

Segundo José Alício, materiais que estejam em desacordo com a faixa etária do aluno, sejam tóxicos ou que possam colocar em risco a vida do estudante, não devem constar nas listas de materiais das escolas. Além disso, as instituições não podem exigir marcas e nem recomendar somente um local para a compra do material didático. “A escola deve disponibilizar a lista de materiais para que o consumidor tenha a liberdade de pesquisar preços e marcas. Qualquer situação que impeça o direito de escolha é indevida. Ocorrendo qualquer uma dessas irregularidades, as escolas poderão responder um processo administrativo e ainda serem multadas”, lembra o superintendente.