INVESTIGAÇÃO

Família denuncia estupro coletivo sofrido por filho de 12 anos dentro de escola em Pernambuco

Os pais de um adolescente de 12 anos denunciaram à polícia que o filho deles…

Família denuncia estupro coletivo sofrido por filho de 12 anos dentro de escola em Pernambuco
Família denuncia estupro coletivo sofrido por filho de 12 anos dentro de escola em Pernambuco (Foto Pixabay)

Os pais de um adolescente de 12 anos denunciaram à polícia que o filho deles sofreu agressões físicas e estupro coletivo praticado por outros alunos em uma escola pública do estado, localizada no Recife (PE). O caso é investigado pela Polícia Civil.

“Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, no chão, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro. Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, contou a mulher em entrevista ao G1.

Segundo a família, os agressores iam atrás do adolescente dentro de sala de aula, nos horários de intervalo, já que o garoto começou a não sair por medo.

O adolescente fez exame no Instituto de Médico Legal (IML) após o registro do boletim de ocorrência. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes do garoto e dos parentes não serão divulgados.

Medo

Por causa da pandemia de Covid-19 as atividades eram feitas pela internet, o adolescente, novato, não tinha contato com outros alunos. Ele começou a frequentar as aulas presenciais neste ano.

A mãe contou que notou os primeiros sinais da agressão quando viu marcas pelo corpo do menino. Ela acreditou que os hematomas fossem por causa dos treinos esportivos, já que o menino é atleta. Durante vários dias, o adolescente fingiu ir para a escola, mas faltou às aulas sem que a família soubesse. Uma pessoa da escola ligou para saber o que estava acontecendo e a mãe começou a desconfiar.

A mãe prestou queixa na Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente (DPCA) em 13 de abril por ameaça e estupro de vulnerável ocorrido um mês antes, em 15 de março. O boletim de ocorrência mostra que os crimes teriam sido cometidos em um estabelecimento público, a escola estadual na Zona Sul do Recife, onde o garoto estudava.

A família, traumatizada e com medo chegou a se mudar para outra cidade.

A gestão da unidade de ensino prestou depoimento no início de julho e disse que está à disposição para ajudar os trabalhos de investigação da polícia.