Justiça condena paranaense que anunciou venda de homem negro como escravo
Morador de Irati foi condenado a 365 horas de serviços comunitários

Um homem de 29 anos, morador de Irati, na região dos Campos Gerais, foi condenado a 365 horas de serviços comunitários pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pelo crime de injúria racial. O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por ter publicado em redes sociais, anúncios que ofertava à venda um homem negro como escravo.
O réu publicou no dia 10 de março de 2013, um link que direcionava o usuário para uma página de um site especializado em vendas online. O denunciado oferecia um homem negro à venda como escravo: “Negro Africano Legítimo. Único Dono. Bom Estado de Saúde. Serviços. Animais. Transporte. Alguém precisa de ummm… UM ESCRAVO. Baratinhoo. Único Dono”.
Segundo o MP, o acusado e a vítima se conheciam da igreja que frequentavam.
Em março de 2021, a 1ª Vara Federal de Ponta Grossa proferiu sentença condenatória, estabelecendo pena de um ano de reclusão. Para o juízo de primeira instância, “a atitude do acusado é reprovável, restando configurada a ocorrência do crime de injúria racial em relação à vítima”. A pena foi substituída pela prestação de serviços à comunidade correspondendo a uma hora por dia do tempo de condenação.
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*Com informações do portal Conjur