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Mulheres são as que mais perderam todos os dentes em Goiás, diz IBGE

As mulheres goianas são as que mais perderam todos os dentes. É o que mostra a…

Mulheres são as que mais perderam os dentes em Goiás, diz IBGE
Mulheres são as que mais perderam os dentes em Goiás, diz IBGE

As mulheres goianas são as que mais perderam todos os dentes. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE). Goiás é o estado da região Centro-Oeste onde mais moradores perderam todos os dentes. Os dados, referentes a 2019 e feitos com pessoas acima de 18 anos, mostram que, em números absolutos, são 438 mil pessoas totalmente desdentadas.

Desse total, 292 mil são mulheres enquanto 146 mil são homens. No Brasil, são 14,1 milhões de pessoas que perderam todos os dentes. Em contrapartida, o estudo mostra que as mulheres e os jovens são os que mais escovam os dentes.

No Estado, 93,5% das pessoas com 18 anos ou mais escovam os dentes, pelo menos, duas vezes por dia. Os dados mostram que as mulheres (96,1%) tentem a escovar mais os dentes do que o homem (90,7%). Além disso, a faixa etária de 18 a 29 anos é a que mais escova os dentes, com registro de 96%. Os idosos são os que menos escovam, configurando 26,4%.

O cirurgião-dentista Fabrício Henrique Pereira de Sousa explica que há muitos fatores que podem levar as pessoas a perderem os dentes, mas, boa parte, é devido à falta de higiene correta. “A questão da queda inicia com a gengivite, que é a inflamação da gengiva devido ao acumulo de sujeira. Caso não for tratada, pode ser levado à periodontite, que a fraqueza dos tecidos em que os dentes são sustentados e, com isso, levar a queda”, aponta.

Fabrício também conta que as mulheres podem ser mais vítimas a quedas dentárias por fatores hormonais. “Uma mulher grávida, por exemplo, pode passar por muito estresse durante a gravidez e isso é um fator de risco para a periodontite. Cárie e até mesmo o bruxismo, que também tem muito a ver com ansiedade, pode levar elas quebrarem os dentes e, consequentemente, os perderem”, destaca.

Além disso, a questão da alimentação, segundo o cirurgião, conta muito. “Muitas pessoas se alimentam com fast food ou se alimentam de industrializados. Tem também a grande ingestão de açúcares. Isso ajuda no desenvolvimento da cárie, que também é um fator que pode acarretar a perca dos dentes”, afirma.

Próteses dentárias

A pesquisa mostra que quase 35% dos entrevistados em Goiás utilizam próteses dentárias, o que corresponde a cerca de 1,8 milhão de goianos. Mais uma vez, as mulheres formam a maioria, sendo 1,1 milhão de usuárias ante 751 mil homens. Em todo país, são 52,6 milhões de brasileiros que utilizam próteses. Isso equivale a 33% da população do país.

Fabrício explica que deve-se ter vários cuidados com a prótese para que não se tenha problemas. “Utilizar por, no máximo cinco anos, usar água corrente para a higienização e evitar atualização de água quente. Também é importante a pessoa não dormir com a prótese e deixar ela dentro da água pois, como ela é fixada numa região de tecido, ele pode apresentar problemas na adaptação”, explica.

Troca de escova

A PNS questionou sobre o hábito para troca de escova a cada três meses. O resultado foi que 2,7 milhões de goianos têm esse hábito, ou seja, 52,4% dos entrevistados. A média goiana é maior que a média nacional, que registou 50,7%.

Nesse quesito, mulheres e mulheres estão equilibradas, sendo 52,7% a 52%, respectivamente. Os estudos mostram que a maioria do hábito é entre os jovens de 18 a 29 anos, com 56%. E, mais uma vez, os idosos são os que menos trocam as escovas com essa frequência: 45,4%.

Fabrício explica como ter uma higiene bucal correta: utilizar uma escova dental com a cabeça pequena, com cerdas macia, utilização de creme dental com flúor e uso do fio dental. Ele conta que o uso de enxaguante bucal não é obrigatório, mas auxilia na prevenção da gengivite.

Mulheres são as que mais perderam todos os dentes em Goiás, diz IBGE

Mulheres são as que mais perderam todos os dentes em Goiás, diz IBGE (Foto: petrunjela / Shutterstock)