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Nasa atinge asteroide com nave em missão inédita; assista

A sonda Dart (sigla inglesa para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) se tornou na…

Efeitos da colisão sobre a órbita do astro serão medidas por astrônomos. Nasa atinge asteroide com nave em missão inédita; assista
(Foto: Nasa)

A sonda Dart (sigla inglesa para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) se tornou na última segunda-feira (26) o primeiro artefato a impactar contra um objeto espacial com o objetivo deliberado de alterar sua órbita. A colisão ocorreu às 20h14 (de Brasília). O que quer dizer que, do ponto de vista do experimento, deu tudo certo. Resta saber agora qual foi o real efeito da intervenção, o que só se conhecerá ao certo nos próximos dias e semanas.

A pioneira missão de defesa planetária da Nasa foi lançada em 24 de novembro do ano passado, a um custo de US$ 324 milhões.

Durante sua aproximação final, nas últimas quatro horas antes de colidir com o asteroide Dimorfo, a espaçonave se conduziu de forma automática, guiada pelas imagens da câmera Draco, o único instrumento embarcado.

O Dimorfo é um asteroide-lua com cerca de 160 metros de diâmetro que orbita outro asteroide maior, o Dídimo, de 780 metros. O conjunto gira ao redor do Sol num percurso que se aproxima bastante dos trajetos que Terra e Marte fazem em suas órbitas solares.

Embora seja classificado como um “asteroide potencialmente perigoso” em razão dessa proximidade ocasional, Dídimo não tem um encontro marcado com nosso planeta por pelo menos alguns séculos, o que dá conforto à Nasa em escolhê-lo como alvo do teste.

A estratégia de deflexão adotada na missão é conhecida como “impacto cinético”. Resume-se em colidir contra o objeto e, com isso, alterar sutilmente sua velocidade orbital. O impacto ocorreu como previsto, a 21.600 km/h, acompanhado “ao vivo” (na verdade um atraso de cerca de 50 segundos, para contemplar captura, processamento e transmissão da imagem ao longo dos pouco mais de 11 milhões de km que separam a Terra do asteroide no momento) com transmissão de imagens pela própria sonda até seu beijo fatal na superfície do objeto.