GOLPES

Polícia prende trio por golpes digitais com uso de imagens de famosos no DF

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três suspeitos de aplicar golpes digitais…

O apresentador Marcos Mion teve sua imagem associada a uma promoção falsa (Foto: Reprodução)
O apresentador Marcos Mion teve sua imagem associada a uma promoção falsa (Foto: Reprodução)

Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três suspeitos de aplicar golpes digitais com o uso de tecnologia deepfake. O grupo manipulava vídeos e áudios de figuras públicas, como o apresentador Marcos Mion, para criar promoções falsas e enganar vítimas.

A operação, intitulada Voiceover, resultou na apreensão de materiais relacionados a crimes, como veículos de luxo e dispositivos eletrônicos. Os investigados Gustavo Cardoso Marques, 22 anos, João Victor Gomes, 23 anos, e Kauã Moura Calçado, 20 anos, foram detidos na última quarta-feira (15), após o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga e Águas Claras.

O golpe envolvia a criação de sites fraudulentos que induziam os usuários a pagar por vouchers falsos, oferecendo descontos de forma ilícita. Os suspeitos organizaram uma estrutura criminosa sofisticada com uma fachada de marketing digital, utilizando redes sociais e criptomoedas para lavar o dinheiro obtido.

O grupo utilizou a técnica de deepfake, uma inteligência artificial capaz de alterar imagens e vozes, para manipular vídeos e criar conteúdos falsos. Eles realizaram um anúncio falso usando a imagem e a voz de Marcos Mion para promover um desconto inexistente em um restaurante, o Outback. As vítimas eram direcionadas a páginas falsas onde deveriam fornecer informações pessoais e realizar pagamentos por um “voucher promocional”, que nunca chegaria.

As investigações apontam que, além de Mion, outros famosos também tiveram suas imagens manipuladas. Em relação ao restaurante, a empresa reforçou que não tem nenhuma relação com essas promoções fraudulentas e orientou os consumidores a ficarem atentos a golpes semelhantes.

O grupo deve responder por crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 21 anos de reclusão. A Polícia Civil segue com as investigações, apurando o número de vítimas afetadas e buscando identificar outros envolvidos no esquema.