PRF confisca 77 ônibus usados em atos golpistas e impede bloqueio de refinaria em São Paulo
Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, frota recolhida transportou bolsonaristas até Brasília, entre eles dois policiais militares, um reformado e um da ativa

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 77 ônibus usados nos atos golpistas registrados no domingo, 8, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. Em São Paulo, a atuação das equipes da corporação impediram o fechamento dos acessos da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
A primeira apreensão de veículos ligados aos atos violentos ocorreu ainda na noite do domingo, em Brasília, quando foram confiscados 25 ônibus particulares que haviam sido fretados para transportar bolsonaristas até a capital.
Na segunda-feira, 9, outros 30 veículos foram interceptados na mesma situação. Na manhã desta quarta-feira, 11, o balanço chegou a 77 ônibus apreendidos.
De acordo com a PRF, em todas as ocorrências, os passageiros são identificados e conduzidos para unidades da Polícia Federal. A corporação destacou uma ocorrência registrada em Santa Maria, no DF, quando foi abordado um ônibus que seguia para Minas, levando, entre os passageiros, dois policiais militares, um reformado e outro da ativa, ambos portando armas de fogo e munições.
Para ‘causar tumulto’, um militar lançou spray de pimenta no interior do veículo, diz a PF.
Em um ônibus apreendido em Três Marias, em Minas, agentes da PRF encontraram estojos de bombas de gás lacrimogêneo já deflagradas, além de um cartão de acesso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Refinaria
No interior paulista, a Polícia Rodoviária Federal montou uma operação entre o sábado, 7, e a segunda, 9, após os participantes dos atos antidemocráticos ameaçarem fechar os acessos da refinaria Revap, localizada às margens da Via Dutra.
De acordo com a PRF, alguns grupos permaneceram em frente à refinaria para bloquear os acessos, mas as equipes da corporação impediram a iniciativa. Em seguida, os manifestantes tentaram montar barracas para um acampamento, que contava até com banheiros químicos. Após negociação, o grupo deixou o local na segunda-feira, 9.