ELEIÇÕES

Segurança de Zambelli, preso por disparar arma de fogo, paga fiança e é solto

Depois de pagar fiança, o segurança da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que foi preso…

Segurança de Zambelli, preso por disparar arma de fogo, paga fiança e é solto (Foto: Reprodução: CNN)
Segurança de Zambelli, preso por disparar arma de fogo, paga fiança e é solto (Foto: Reprodução: CNN)

Depois de pagar fiança, o segurança da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que foi preso por disparo de arma de fogo, no sábado (29), foi solto pela polícia em São Paulo.

O caso foi comunicado à Justiça Eleitoral.

Zambelli foi filmada neste sábado (29), nos Jardins, bairro da zona central da capital paulista, entrando em um bar com um revólver em punho indo atrás de um homem. Ela disse ter sido agredida e que reagiu a provocações de um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos vídeos que circulam sobre o ocorrido, as gravações não são conclusivas sobre agressão à deputada.

O advogado de defesa do homem seguido por Zambelli disse à CNN, em nota, que a prisão do segurança foi um requerimento da defesa, que também pede a prisão da deputada.

“A defesa também requereu a apreensão das armas para perícia bem como a preservação das imagens do comércio local. Na início da madrugada fomos informados que apenas a prisão do segurança foi efetivada, no qual o delegado entendeu pelo estado de flagrância”, escreve a nota.

O homem perseguido pela deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) na tarde deste sábado (29) em São Paulo afirmou à CNN que a confusão teve início depois de ele ter gritado “te amo, espanhola” para a parlamentar.

A mensagem é uma referência a uma fala do senador Omar Aziz (PSD-AM) durante a CPI da Covid-19, no ano passado. Na ocasião, após troca de ataques entre Zambelli e o senador, Aziz publicou em seu Twitter um trecho da música “Espanhola”.

De acordo com o rapaz, que preferiu não ser identificado, ele estava saindo de uma festa com amigos na região da avenida Paulista e usava um boné do MST quando foi encarado pela parlamentar e sua comitiva. Nesse momento, ele admite que xingou a deputada.

“Quando eu estava saindo da discussão, eles começaram a me xingar também. Aí, eu falei aquela fala do Omar Aziz, da CPI da Covid, que ele falou sobre a Zambelli: ‘Te amo, espanhola’”, afirmou o rapaz. “Foi nessa hora que ela tropeçou e perdeu completamente a linha. Dois ou três [integrantes da comitiva] sacaram a arma ali. Um deles atirou em mim e quase pegou na minha perna.”

Resolução do TSE proíbe transporte de armas

Uma resolução do TSE, de setembro, proibiu o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) no dia das eleições, assim como nas 24 horas que antecedem e nas 24 horas seguintes ao dia votação.

Segundo a decisão da Justiça Eleitoral, o eventual descumprimento dessa proibição poderia acarretar em prisão em flagrante por porte ilegal de arma.

A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) disse, em entrevista a jornalistas neste sábado (29), ter “ignorado conscientemente” a resolução.

“A resolução é ilegal, e ordens ilegais não se cumprem. Eu conscientemente estava ignorando a resolução e continuarei ignorando a resolução do senhor Alexandre de Moraes, porque ele não é legislador. Ele é simplesmente presidente do TSE e membro do STF. Ele não pode em nenhum momento fazer uma lei. Isso é ativismo judicial”, disse a deputada.

CNN procurou Alexandre de Moraes para comentar as declarações da deputada e aguarda retorno.