Sem menção a Bolsonaro, concessionária de Goiânia anuncia 22 caminhonetes a R$ 222 mil no dia 22
Sem fazer qualquer menção ao presidente Jair Bolsonaro, uma concessionária divulgou anúncio que faz referência…
Sem fazer qualquer menção ao presidente Jair Bolsonaro, uma concessionária divulgou anúncio que faz referência à candidatura à reeleição do mandatário do PL com cores e números. O estabelecimento aponta que comercializará 22 unidades de caminhonete zero quilômetro a R$ 222.222, 22, nesta sexta-feira (22). Publicação, feita em jornal de grande circulação, pode configurar como crime eleitoral previsto na legislação.
Repleto de cores verde e amarela, utilizadas na campanha de Bolsonaro, o anúncio da Navesa / Ciaasa diz que a Promoção 22 vale somente para o dia 22 de outubro de 2022, até às 2h22. As caminhonetes são dos modelo Ranger XLS e Ranger Black.
O advogado Júlio Meirelles diz que a prática é semelhante ao da Picanha Mito, quando um frigorífico da capital vendeu carne a R$ 22 para pessoas trajadas com o uniforme da Seleção Brasileira, em referência aos símbolos capturados pela campanha bolsonarista. Na ocasião, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão da venda por possível crime eleitoral.
“A venda de bens ou produtos em valores significativamente inferiores aos praticados no mercado, com associação do preço ao número de urna de candidato, pode caracterizar propaganda não permitida pela legislação eleitoral e, até mesmo, conduta possivelmente abusiva do poder econômico”, pontua o advogado.
O promotor de Justiça Haroldo Caetano publicou em sua conta no Twitter que “a corrupção eleitoral, já naturalizada como algo legal, alcançou grandes empresas”.
O exemplo, assim como a omissão de quem deveria atuar, veio de cima. A corrupção eleitoral, já naturalizada como algo legal, alcançou grandes empresas. Aqui, a Ford @Ford @FordBrasil faz do crime eleitoral uma campanha de marketing. pic.twitter.com/XEStEVDwzG
— Haroldo Caetano (@haroldcaetano) October 21, 2022
Em outro caso, o Ministério Público Eleitoral de Goiás solicitou que a Polícia Federal investigue o Empório Sete por vender 10 marcas diferentes de vinho por R$ 22.