Assédio/abuso sexual

UFG demite professor de Jataí acusado de estuprar aluna durante congresso em Goiânia

Acusado de estuprar uma acadêmica do curso de Medicina Veterinária de Jataí, o professor Rogério…

Acusado de estuprar uma acadêmica do curso de Medicina Veterinária de Jataí, o professor Rogério Elias Rabelo, foi demitido pela Universidade Federal de Goiás. A informação consta na Portaria n°3729, editada na quarta-feira (11) e publicada nesta quinta-feira (12).

Este é o segundo caso de desligamento de um docente envolvido em denúncias de abuso sexual na universidade. O primeiro, contra o ex-professor da Agronomia Américo José dos Santos Reis, ocorreu em junho deste ano.

De acordo com a portaria, assinada pela vice-reitora Sandramara Matias Chaves, Rogério era professor Nivel 1 e trabalhava em regime de dedicação exclusiva lotado na UAE/Ciências Agrárias de Jataí. (Veja cópia do documento).

Portaria editada na quarta-feira foi publicada nesta quinta (12) (Imagem: reprodução/UFG)

Antes de ser demitido, Rogério foi afastado nove meses depois da denúncia feita pela vítima, em abril de 2017. O caso registrado na polícia ganhou ainda mais repercussão com envolvimento do Ministério Público Federal (MPF), que iniciou ação contra o a instituição, por supostas omissões, na Justiça.

O estupro ocorreu, segundo o MPF, em 4 de dezembro de 2016, quando o docente e a vítima estavam hospedados em um apartamento na capital para participarem de um congresso. Segundo o órgão, o “professor valeu-se de sua condição de orientador para assediar sexualmente e estuprar uma de suas alunas”. Antes do caso concreto, mensagens de whatsapp já comprovavam assédios sexuais do referido acusado contra a estudante.

O Mais Goiás tentou contato telefônico com o professor, mas as ligações não foram atendidas.

UFG

Em nota, a universidade afirma que o Conselho Universitário, órgão máximo da instituição,  estabeleceu por meio da resolução nº 12/2017 definições para os diferentes tipos de assédio e as situações que os caracterizam.

“O documento também orienta sobre os procedimentos a serem adotados por quem sofrer algum tipo de assédio e os meios disponibilizados pela UFG para a formalização de denúncias. Outro procedimento previsto na resolução e que já vem sendo adotado pela gestão da Universidade é o encaminhamento imediato das denúncias desta natureza ao gabinete do reitor para abertura de sindicância ou processo administrativo disciplinar”.

A universidade reforça que reclamações, sugestões e denúncias, bem como elogios, podem ser feitas à instituição por meio da Ouvidoria, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (62) 3521-1149.