Heroína

Vira-lata que impediu criança de ser estuprada ganha fama de heroína

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A vira-lata Kiara, que pertence a uma família de Pilar do Sul, a 150 quilômetros de São Paulo, ganhou fama na cidade na última quinta-feira (4/09). Ela atacou um estuprador e impediu que a dona, uma menina de 10 anos, fosse violentada.

A tentativa de estupro ocorreu em 30 de agosto, quando o homem invadiu a casa da menina, que estava sozinha. O estupro só não foi praticado porque Kiara interveio e mordeu várias vezes o criminoso, que ainda acertou a cabeça da menina com um pilão antes de fugir.

Após a agressão, a menina ficou em coma por cinco dias. A princípio, a família achou que ela tinha sofrido uma queda, mas, na quinta-feira, quando ela acordou, conseguiu contar aos pais o que tinha acontecido. Com base na descrição que ela fez do criminoso, a Polícia Civil conseguiu chegar até o agressor, preso na sexta-feira (5/09) com ferimentos na perna, causados pelas mordidas de Kiara.

No dia do crime a criança estava sob os cuidados do irmão mais velho e da cunhada, que moram nos fundos do imóvel. Ela contou aos pais que o agressor estava passando pela calçada quando a viu e pediu um copo d’água. Quando ela entrou para pegar água foi seguida pelo homem, que a atacou. A menina conseguiu correr para o quarto e gritou por Kiara, que começou a morder o criminoso. Mas, antes de fugir, ele ainda bateu na menina com o pilão.

Ela foi socorrida por vizinhos que ouviram os gritos e o choro quando ela já estava na rua pedindo ajuda e desmaiou em seguida. Ao chegar ao hospital, ficou em coma induzido por quase uma semana.

HEROÍNA

A menina continua internada no Hospital Regional de Sorocaba (SP), onde se recupera do traumatismo craniano sofrido com a pancada. Segundo o pai, a filha só fala na cachorra, que ela chama de heroína.  “Hoje mesmo [domingo], ela pediu para eu colocar o telefone no ouvido da Kiara e começou a falar e assobiar com a cachorra. A Kiara começou a latir e até tentou morder o telefone”, diz o pai, emocionado.

Segundo a Polícia Civil, o agressor tinha saído de um hospital psiquiátrico em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, no fim de julho. A prisão temporária do suspeito foi decretada por 30 dias e ele foi levado para cadeia de Pilar do Sul. A menina passa bem, mas ainda não há previsão de alta.