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Adolescente que atirou em colegas em escola de Goiânia continua internado

O adolescente de 14 anos que atirou contra estudantes do Colégio Goyases, em Goiânia, vai…

O adolescente de 14 anos que atirou contra estudantes do Colégio Goyases, em Goiânia, vai continuar internado em um centro para menores. A decisão foi tomada pelo Juizado da Infância e Juventude em audiência realizada nesta terça-feira (28). O jovem pode ficar internado por até três anos.

Na audiência,  foram ouvidas quatro testemunhas, sendo duas da promotoria e duas da defesa do menor. Os familiares das vítimas não puderam acompanhar a audiência e permaneceram de fora do Tribunal de Justiça (TJ).

O Mais Goiás tentou entrar em contato com a advogada da família do atirador, mas não obteve resposta.

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Filho de pai e mãe policiais militares, o adolescente de 14 anos abriu fogo na manhã do dia 20 de outubro contra colegas, dentro de uma sala do 8º ano do Colégio Goyases, localizado no Conjunto Riviera, em Goiânia. Dois adolescentes, João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, que têm 12 e 13 anos, morreram no local. Outros quatro alunos também ficaram feridos e foram encaminhados para hospitais da Capital. A tragédia aconteceu por volta das 11h30.

Em coletiva de imprensa, o titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Luiz Gonzaga, afirmou que um dos meninos mortos era um desafeto do autor dos disparos. “O rapaz me disse que este colega ‘o amolava muito’. Pelo o que ele contou, o alvo era este adolescente e, após os primeiros disparos, ele perdeu o controle e atirou aleatoriamente nas outras pessoas. Inclusive, ele disse que o outro menino que morreu era um amigo”, explicou o delegado.

Ainda segundo Gonzaga, informações preliminares apontam que o adolescente estava sentado com a arma dentro da mochila quando efetuou um disparo acidental e, em seguida, atirou contra os colegas. Foi no momento em que ele trocava os cartuchos da pistola .40 da Polícia Militar que a coordenadora da escola conseguiu persuadir o adolescente a travar a arma e acompanhá-la até a biblioteca da escola, onde ele permaneceu até a chegada da polícia.

Todas as vítimas já receberam alta do hospital e uma delas, Isadora de Moraes, de 14 anos, ficou paraplégica. Barbara Melo, mãe de João Pedro Calembo indicou, no Instagram e no Facebook, que vai processar a unidade de ensino. Em uma nota de desabafo, ela declarou não estar recebendo nenhum tipo de auxílio da escola.