Assassino confessa que matou pastora a facadas, diz delegado

O pastor Alexandre de Souza e Silva, de 47 anos, assassino confesso da pastora Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, declarou em depoimento ao delegado Valdemir Branco, titular da Delegacia de Investigações Criminais (Deic), que matou a vítima com apenas uma facada no pescoço. Pastora estava desaparecida desde o dia 8 de novembro.

Ainda de acordo com o delegado, Alexandre declarou, em depoimento, que agiu em legítima defesa. Segundo ele, a pastora queria um retorno no relacionamento amoroso, mas informalmente, o homem confessou que cometeu o crime por ódio da vítima, que, segundo ele, tentava entregá-lo à polícia.

“Ele já possuía passagens por latrocínio e falsidade ideológica. Ele estava em Paracatu (MG) e foi apara Águas Lindas, planejando matar a pastora e como iria se aproximar dela. Ambos se conheciam há dois anos e, nesse meio tempo, tiveram um breve relacionamento amoroso de dois meses, mas não era conturbado”, destaca Branco.

Como álibi para se aproximar da vítima, Alexandre alegou que estava interessado em pregar na igreja de Ailsa. O delegado conta que ele foi várias vezes na casa da vítima no Jardim Caravelas, em Goiânia, para acertar a sua visita. “Ele conta que chamou a vítima para sair no dia do crime e a assassinou, escondeu o corpo em uma mata em Aragoiânia e retornou para Águas Lindas”, conta o delegado.

Vídeo mostra o momento em que a polícia localiza o local onde o corpo da pastora estava enterrado

 

O corpo, que já estava em estado de decomposição, foi localizado no último dia 28 de dezembro na zona rural de Aragoiânia. De acordo com Branco, a sandália e uma aliança contendo o nome da vítima foram encontrados no local indicado pelo suspeito. “Havia muitas folhas e pedaços de madeira no local. No dia 29, voltamos ao local, junto com o Instituto Médico Legal e a Polícia Técnico Científica, para a retirada da ossada para identificação”, explica Branco.

Momento em que o pastor é preso pela polícia

Alexandre está detido na Delegacia Estadual de Capturas (Decap) e será transferido para a Penitenciária Odenir Guimarães (POG), por já ter passagens em aberto. Ele responderá por homicídio qualificado. Ainda será investigado se houve participações de outras pessoas no crime, mas a PC acredita que Alexandre agiu sozinho. Ailsa deixa dois filhos de 11 e 15 anos.