Banco de Olhos recebe só parte da verba da prefeitura, e atendimento segue suspenso
Diretor da Fundação afirma que retorno do atendimento depende de aporte financeiro maior

Apesar do repasse de R$ 1,6 milhão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia à Fundação Banco de Olhos nesta quarta-feira (22), a paralisação dos serviços segue mantida. O diretor administrativo-financeiro da fundação, Paulo Renato Manso, explicou que a quantia recebida corresponde apenas ao valor referente ao contrato SUS de novembro, insuficiente para resolver a situação financeira da instituição.
Segundo Manso, o valor permitirá o pagamento aos funcionários, mas não cobrirá os custos com médicos, anestesistas e fornecedores. Ele destacou que solicita um apoio maior à prefeitura, pois outros valores que a fundação deveria receber ainda não foram repassados.
“A entrada (o repasse) não suspende a paralisação. Já comunicamos a situação ao secretário de Saúde e ao prefeito, que se mostraram transparentes, mas precisamos de mais recursos para garantir a continuidade dos serviços”, afirmou.
Erro na nota fiscal
Sobre o atraso no pagamento, a SMS alegou que uma nota fiscal enviada pela fundação apresentava um erro, o que teria atrasado o processamento. Manso, no entanto, rebateu, dizendo que a correção de 0,03 centavos foi feita imediatamente na nota enviada no dia 17 de janeiro e que o pagamento poderia ter sido realizado no dia 20 de janeiro, conforme combinado inicialmente.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou que o repasse foi realizado após os pagamentos de outros serviços de saúde. A pasta também ressaltou que “realiza ampla reavaliação de contratos e convênios firmados com a secretaria para sanar as dívidas deixadas pela gestão anterior, tendo em vista o estado de calamidade financeira do município”.
A paralisação segue sem previsão de término.