Solidariedade

Bancos de sangue de Goiânia estão com baixa nos estoques

Os estoques dos bancos de sangue de Goiânia estão abaixo do normal neste início de…

Bancos de sangue de Goiânia estão com baixa nos estoques (Foto: Ascom/ Idtech)

Os estoques dos bancos de sangue de Goiânia estão abaixo do normal neste início de ano. Segundo dados do Hemocentro, houve queda de 16% a 20% na doação, entre os meses de dezembro de 2019 a janeiro de 2020. A falta de bolsas para doação atinge principalmente os tipos A e todos os escopos de Fator RH negativo.

Um dos motivos apontados pela queda na doação de sangue é o aumento no número de acidentes de trânsito. O que faz a necessidade de transfusão de sangue aumentar, sobretudo nos hospitais que atendem urgência.

A coordenadora da coleta do Hemocentro, Layane Marques de Sousa, aponta que, aliado ao aumento no número de acidentes, a época de chuvas provoca aumento dos casos de dengue, o que contribui para a maior demanda por sangue nos bancos. Para piorar, as férias escolares e festividades contribuem para a queda nas doações, já que a maioria dos voluntários viaja.

“Ou seja, há diminuição da oferta e aumento da demanda, deixando os bancos de sangue em estado crítico”, afirma Layane.

No Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, a situação é semelhante, embora tenha especificidade. A unidade de saúde está em falta principalmente de sangue de RH negativo. No entanto, o estoque de todos os tipos estão baixos.

(Foto: Ministério da Saúde)

A enfermeira do banco de sangue do hospital, Késia de Freitas, explica que, em razão de a unidade de saúde atender pacientes com câncer, a necessidade de sangue é constante. Muitos deles precisam receber doações todas as semanas. Isso faz com que o Araújo Jorge não tenha durante todo o ano quantidade de sangue suficiente para fazer atendimento seguro.

“Aliado a isso, muitos pacientes são de fora de Goiânia ou até do Estado. O que contribui para que as famílias deles tenham dificuldade em repor o sangue utilizado”, diz a enfermeira.

Sangue de fator RH negativo, sobretudo do tipo AB, são os mais difíceis de repor. A baixa incidência desta tipagem entre a população brasileira dificulta a reposição.

Quem pode doar?

Os requisitos básicos para passar pela entrevista de pré-doação de sangue são: estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 69 anos – antes de completar 18 anos, é necessária autorização dos pais ou responsáveis e, se acima de 60 anos, ter realizado pelo menos uma doação até essa idade. Quem tomou a vacina da febre amarela deve aguardar 30 dias para fazer uma doação.

(Foto: Reprodução)

Para doar plaquetas, a pessoa precisa ter idade entre 18 e 69 anos, pesar no mínimo 65 kg, de preferência homens ou mulheres que nunca engravidaram, em boas condições de saúde e que não façam uso de remédios como AAS e anti-inflamatórios. Para fazer a doação, basta levar um documento de identidade oficial com foto e estar bem alimentado, evitando alimentos gordurosos no dia da doação.