NAZÁRIO

Bebê de 2 meses morta pela mãe já havia sido agredida outras vezes, diz delegado

A bebê de dois meses que morreu após receber tapas na cabeça pela mãe já…

Menina de dois meses morta pela mãe já havia sido agredida outras vezes, diz delegado
Menina de dois meses morta pela mãe já havia sido agredida outras vezes, diz delegado (Foto: Ilustração/Freepik)

A bebê de dois meses que morreu após receber tapas na cabeça pela mãe já havia sido agredida outras vezes, segundo informações do delegado Fernando Martins. O pai relatou que a mãe da menina dava socos na barriga da criança quando ela chorava. As agressões aconteciam desde o primeiro mês de vida da vítima. A agressão que acarretou a morte aconteceu em Nazário, na região Central de Goiás, no último domingo (11). A adolescente de 17 anos foi apreendida e o pai, de 23 anos, preso por homicídio qualificado.

“A mãe já demonstrava impaciência com a filha há um tempo. O pai contou no depoimento que a bebê já foi agredida outras vezes pela mãe, inclusive com socos na barriga quando chorava com cólica”, explica o delegado.

A investigação apurou que a mãe tirou a menina do berço enquanto discutia com o namorado e a sacudiu repetidas vezes. Depois, deu tapas na cabeça da bebê, que resultaram no óbito. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou que a criança sofreu traumatismo craniano. O pai da criança presenciou a agressão e não tentou salvar a filha.  Como ele descumpriu o dever legal de proteger a criança, foi autuado por homicídio qualificado

Para o delegado, os pais contaram que estavam drogados e bêbados no momento da agressão. Com o suspeito, a polícia apreendeu uma porção de cocaína.

Familiares pediram a guarda da bebê, mas a mãe negou

A família dos pais da criança já haviam percebido que a adolescente não tinha paciência com a bebê e pediram a guarda da menina, mas a jovem não quis entregar a filha.

“A família, tanto do pai quanto da mãe, já tinha notada a impaciência dela (adolescente) e pediu para ficar com a bebê, mas ela não quis deixar levarem a criança. Inclusive, na delegacia, uma irmã da adolescente estava desesperada e perguntava o motivo de não ter entregado a bebê”, comenta Fernando Martins.

A adolescente confessou que cometeu o crime e continua apreendida. Ela poderá ficar até três anos em reclusão, que é a pena máxima cumprida por menores de idade. Já o pai poderá ser levado a júri popular com prisão de até 30 anos por homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima.

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