MAUS-TRATOS

Cadela arrastada pelo asfalto em Turvânia também foi esfaqueada por ter tumor transmissível

A cadela que foi vendida para sacrifício e arrastada por dois homens em uma moto…

Cadela vendida para sacrifício em Turvânia também foi esfaqueada por ter tumor transmissível
Cadela vendida para sacrifício em Turvânia também foi esfaqueada por ter tumor transmissível (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

A cadela que foi vendida para sacrifício e arrastada por dois homens em uma moto pela GO-162, em Turvânia, também havia sido esfaqueada na perna esquerda. A informação é da Associação Montebelense de Proteção Animal (Ampa), que assumiu a responsabilidade pela cadela após resgate feito pela Polícia Militar (PM).

O motivo das agressões, segundo a ONG, é porque a cadela possui Tumor Venéreo Transmissível (TVT). A doença provoca um sangramento na área íntima do animal e, se em contato com outros cães, acaba por também contaminá-los. Além disso, o tumor causa feridas de corpo esponjoso nos membros reprodutores e faz com que eles percam muito sangue, o que, consequentemente, também deixa os animais anêmicos.

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Apesar da gravidade da situação, a equipe veterinária não se intimidou e, inclusive, deu à cadela um novo nome: madona. “Estamos aqui para lutar por ela! Agora ela está cuidada, assistida e monitorada”, afirmou a responsável pela ONG, nas redes sociais.

O tratamento deve durar em média cinco semanas. Isso porque, as feridas ainda terão diferentes fases, já que a cadela sofreu escoriações de diferentes níveis.

“Madona é uma vitoriosa e estamos aqui para lutar por ela e para lembrar a todos que maus-tratos é crime inafiançável”, acrescentou a Associação.

Relembre o crime

De acordo com o relato policial, uma pessoa que passava pela via viu o crime acontecendo na ponte do Córrego Moleque e denunciou à PM. Assim, os policiais foram até o local e flagraram um dos suspeitos dirigindo a moto e o outro arrastando a cadela por uma corda. Por conta do atrito com o asfalto em movimento, o animal apresentava ferimentos nas patas e na barriga, com sangramento.

Diante do flagrante, os policiais conduziram o animal e os dois homens para a delegacia. Lá, o delegado do caso, Tiago Junqueira, encaminhou a cão para um abrigo de animais.

Durante o interrogatório, um dos suspeitos explicou que a cadela não pertencia a nenhum deles, mas sim, à uma mulher não localizada no momento do flagrante. Na versão dos suspeitos, a dona da cadela disse que o animal está doente e, por esse motivo, queria sacrificá-la. Pois assim, o animal sofreria menos.

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Segundo os militares, o cão apresentava ferimentos nas patas e barriga, mas mesmo assim, não apresentava sinais de agressividade. (Foto: Divulgação – PM)

Para realizar o sacrifício, a dona do animal pagou ao homem R$ 50.  Logo depois disso, o homem chamou o amigo para ajudá-lo no crime.

O delegado do caso afirmou que a mulher já foi localizada e deverá ser ouvida na tarde desta quinta-feira (22). Além disso, ainda não há nenhuma comprovação de que a cão tenha qualquer doença, além dos ferimentos causados durante o crime.