OFENSAS

Caso Silvia Barros: agressões verbais eram constantes entre o casal, diz delegado

Casal esteve junto por 36 anos

A imagem mostra o casal antes da separação
Silvia Barros Marinho e Valdinez Borges Oliveira (Foto: reprodução / redes sociais)

O delegado Carlos Alfama, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), detalhou as circunstâncias do feminicídio cometido por Valdinez Borges de Oliveira, de 62 anos, contra sua ex-esposa Silvia Barros Marinho, de 61, em Goiânia, na manhã de quinta-feira (24) em um atacadista. O casal, que esteve junto por 36 anos, enfrentava brigas constantes durante o casamento, com ofensas e agressões verbais mútuas, mas não havia registros de violência física antes do crime, conforme o policial.

Ainda segundo Alfama, Silvia deixou a casa do ex-marido em dezembro de 2024. “A família relatou que Silvia decidiu terminar o casamento devido às brigas frequentes. Embora houvesse discussões, não havia agressões físicas, apenas ofensas morais”, afirmou o delegado.

Valdinez, que não aceitou o fim do relacionamento, tentou reatar várias vezes. “Não há registros de ameaças, e os familiares de Silvia confirmaram que ela nunca foi vítima de violência física”, destacou o delegado. Na manhã do crime, Valdinez, ciente da rotina de Silvia, foi até o atacadista onde ela trabalhava e, ao encontrá-la, efetuou disparos, que a mataram instantaneamente. Após o feminicídio, ele tirou a própria vida com a mesma arma.

O casal tinha dois filhos adultos, que estiveram presentes no local e confirmaram a versão apresentada pela família. “Os filhos relataram que a separação foi motivada pelas discussões constantes, mas não havia violência física no casamento”, disse Alfama.

A investigação agora se concentra na origem da arma usada no crime. A pistola não estava registrada no nome de Valdinez, que não tinha autorização para porte ou posse de arma. A Delegacia da Mulher (ADAM) vai apurar como ele obteve a pistola, e o inquérito será formalizado em breve.