VISTORIAS

Crea-GO faz vistorias em 12 pontes e um viaduto de Goiânia considerados em estado crítico

Seleção inclui as dez piores estruturas avaliadas, além de outras três selecionadas pelo risco de piora nas avaliações de funcionalidade

Crea-GO faz vistorias em 12 pontes e um viaduto de Goiânia considerados em estado crítico

Um relatório do Conselho de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), feito em 2019 com base na norma ABNT NBR 9452, analisou o estado de conservação das estruturas de 121 viadutos e pontes de Goiânia. Com isso, constatou que 13 obras registraram as piores avaliações. Preocupados com a segurança da sociedade, representantes irão vistoriar os locais em estado crítico a partir desta sexta-feira (16). No total, são 12 pontes e um viaduto.

De acordo com o Crea-GO, duas equipes vão se dividir para atuar na análise das 13 obras com mais problemas. A seleção inclui as dez piores estruturas avaliadas, além de outras três selecionadas pelo risco de piora nas avaliações de funcionalidade. Confira onde estão situadas:

  • Av. Universitária, sobre o Córrego Botafogo
  • Av. das Pirâmides, sobre o Córrego Água Branca
  • Av. Acary Passos, sobre o Córrego Água Branca
  • Dr. Constâncio Gomes, sobre o Córrego Botafogo
  • Av. Perimetral Norte, sobre o Ribeirão João Leite
  • Av. Presidente Kennedy, sobre o Ribeirão João Leite
  • Rodovia BR-153, sobre a Avenida Olinda
  • Av. T-63, sobre o Córrego Cascavel
  • Av. T-9, sobre o Córrego Cascavel
  • Av. Marechal Rondon, sobre o Ribeirão Anicuns
  • Rua José Hermano, sobre o Ribeirão Anicuns
  • Av. Santo Afonso, sobre o Córrego Cascavel
  • Av. 24 de Outubro, sobre o Córrego Cascavel
Detalhe das fundações da ponte da Av. T-63 vistoriada em abril de 2018 (Foto: Crea-go)

Vistorias

Os viadutos e pontes analisados no relatório foram chamados de Obras de Artes Especiais (OAE). Para desenvolvimento do relatório, o conselho técnico fez um levantamento preliminar das OEAs que poderiam ser avaliadas. Para isso, utilizaram imagens de satélite georeferenciadas, mapeando cursos d’água e principais vias da capital.

No total, foram identificadas 121 OAEs, das quais foram vistoriadas 68, em razão de prioridade por porte e complexidade estrutural.

Selecionadas 51 pontes e 17 viadutos, a equipe partiu para nova etapa de levantamentos das condições de conservação das instalações, a fim de observar as principais manifestações patológicas incidentes nos elementos estruturais e funcionais.

Na maioria das observações, a principal condição foi observada foi de manchas de umidade pela estrutura. O problema foi detectado em 78% das OEAs vistoriadas (53, de 68). Outros destaques no relatório apontam 48 OAEs (71%) com lixiviações no concreto, 42 (62%) com corrosão de armadura e 39 (57%) com elementos funcionais danificados.

Além disso, há fatores com menor incidência, como segregação do concreto, presente em 24 OAEs (35%), seguida de fissuras (24%) e encontros danificados com 12% das estruturas.

Segundo o Crea, mesmo estruturas novas e recém inauguradas apresentam problemas crônicos recorrentes na maior parte das OAEs vistoriadas. A sugestão do relatório é que os gestores de cada OAE elaborem um “plano de vistorias e inspeções periódicas que trace diagnósticos precisos das manifestações patológicas estruturais relatadas”.