DIH cumpre 15 mandados de prisão contra suspeitos de nove assassinatos ocorridos em Goiânia

A Polícia Civil (PC) cumpriu, na quarta-feira (5), em cinco cidades de Goiás, 15 mandados de prisão contra suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por pelo menos nove assassinatos registrados entre 2017 e 2019 em Goiânia. Alguns dos homicídios teriam sido ordenados de dentro de cadeias e todos eles estariam relacionados à disputa por pontos de vendas de drogas em Goiânia.

Os mandados de prisão, e 16 de busca e apreensão, foram cumpridos em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, e Planaltina de Goiás. Dos 15 investigados, seis já estavam presos e, de acordo com a Polícia Civil, seriam os responsáveis diretos pelas ordens dadas para as execuções.

Até agora, segundo o delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), já existe a comprovação da participação dos 15 presos em nove assassinatos. Um dos crimes, ocorrido em agosto de 2017, chamou atenção por ter sido praticado em frente à um shopping no Jardim Goiás, quando um detento do regime semiaberto que estava dentro de um carro foi executado durante à tarde, com mais de 15 tiros.

À quadrilha é atribuído também, ainda segundo o titular da DIH, um duplo homicídio praticado em fevereiro do ano passado na Rua 1.008, no Setor Pedro Ludovico. “São todos membros de uma organização criminosa carioca que matavam rivais e às vezes até os próprios comparsas para se aposssarem de determinados pontos de vendas de drogas na Região Sul de Goiânia”, destacou Rilmo Braga.

Além de indiciar os 15 suspeitos que tiveram prisões preventivas decretadas por homicídio, organização criminosa e tráfico de drogas, o delegado solicitou que os investigados que já estão presos sejam isolados no Presídio Estadual de Planaltina de Goiás, que é considerado de segurança máxima.

O pedido já foi atendido pelo Secretário da Segurança Pública Rodney Miranda, que, durante coletiva à imprensa, afirmou que o estado está trabalhando de forma rígida para isolar todos os líderes de facções criminosas que continuam comandando delitos mesmo de dentro das penitenciárias de Goiás.