Diretor de escola em Inhumas é afastado após denúncia de adolescente

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) investiga o diretor de uma escola particular em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, por assédio e importunação sexual. As investigações apontam que o homem de 52 anos beijava a mão e o rosto de uma adolescente sem sua permissão e, como recompensa, prometia aumentar suas notas, em troca de favores sexuais.

Com a exposição do crime, o delegado Miguel Mota acredita que outras alunas possam se sentir encorajadas a fazerem mais denúncias. Uma outra estudante já teria sido identificada, inclusive.

Nem o nome do professor, tampouco o nome da escola foram divulgados. À polícia, a estudante informou que constantemente recebia ligações e mensagens do diretor e que, inclusive, tentou convencer a vítima a ir em sua residência para dar aulas particulares gratuitas. Ao mandar mensagens, ele também orientava a apagá-las. Em prints publicados pela PCGO é possível ver algumas abordagens.

O diretor pergunta se a garota está sozinha e poderia falar por telefone. A menina diz que não e indaga quem está ao seu lado. “Sua mãe ou uma colega?” A garota responde que a matriarca está próxima e questiona sobre a pergunta. Cinco minutos depois ele faz uma ligação que não é atendida pela vítima. “O senhor pode falar sem ser por ligação?” 

A estudante contou que as investidas começaram no começo deste ano, quando ele passou a chamar para sua sala, sentar ao seu lado e puxar assuntos que não estavam contextualizados ao ambiente da escola. Com a denúncia feita, a Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do diretor na última quinta-feira (7) e proibiu o profissional de se aproximar da aluna e frequentar o colégio pelos próximos 30 dias.