Mãe só recebeu um

“É inconclusivo”, afirma gerente do IML sobre laudo de supostos gêmeos em Quirinópolis

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o caso de Aline Parreira de Jesus,…

“É inconclusivo”, afirma gerente do IML sobre laudo de supostos gêmeos em Quirinópolis
“É inconclusivo”, afirma gerente do IML sobre laudo de supostos gêmeos em Quirinópolis

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o caso de Aline Parreira de Jesus, que supostamente estava grávida de gêmeos, mas recebeu apenas um bebê é inconclusivo, de acordo com o gerente do Instituto, Mário Eduardo Bastos da Cruz. Segundo ele, quatro exames realizados pela mulher foram avaliados pela equipe.

O primeiro exame, feito com 25 semanas de gestação, apontou como ‘gravidez gemelar’. “No entanto, só tem apresentação, que é a posição que o bebê está, e os batimentos de apenas um feto. Então a gente não sabe se esse ‘gemelar’ saiu errado, ou se o errado foi não ter colocado dos dois. A partir daí pode ter havido uma cascata de equívocos”, avalia.

Mario diz, também, que o mesmo feto pode ter sido analisado de perspectivas diferentes. “O doutor pode ter visto de uma posição, depois de outra, e achou que era outro bebê por tamanhos diferentes do tamanho do fêmur, do bracinho, da cabeça, e na verdade era só uma perspectiva diferente”, diz.

O material recebido pelo IML foi avaliado pela Seção de Antropologia Forense e Odontologia Legal (Safol). E a conclusão foi a mesma do IML. “Nossa análise está finalizada. E não pudemos concluir se eram dois ou se era um”, afirma Cruz. A investigação do Instituto durou uma semana. Nesse contexto, segundo o gerente, as diligências investigativas na delegacia, como prova testemunhal, devem continuar. “O IML não pode bater o martelo, mas já enviamos o parecer para delegacia de Quirinópolis”, pontua.

O Mais Goiás procurou a delegada Simone Casemiro, responsável pelo caso, em busca de mais informações sobre o andamento das investigações. Contudo, até o fechamento da matéria as ligações não foram atendidas.

Entenda o caso 

Aline Parreira deu à luz no dia 13 de setembro no Hospital Municipal Antônio Martins da Costa, em Quirinópolis, sul de Goiás. No entanto, a mulher havia feito quatro exames, com três médicos diferentes que apontaram a gestação de gêmeos. Contudo, ela só recebeu um bebê. O caso foi registrado na Polícia pela mulher e o marido, Erivaldo Correia da Silva.

O parto foi acompanhado por uma prima de Aline. Em depoimento, ela informou que só nasceu um bebê e não havia outro. Funcionários do hospital também foram ouvidos na investigação. Conforme a delegada já falou ao Mais Goiás, os profissionais destacaram que a condição física da mulher e a retenção de líquido na gravidez podem ter contribuído para confusões nos exames.

Além disso, imagens de câmeras de segurança do local foram avaliadas pela polícia. Nos vídeos divulgados, é possível ver quando uma enfermeira entrega o recém-nascido a outra funcionária. Com isso, a delegada já relatou que além dos depoimentos, os vídeos seriam mais provas que apontam a inexistência de outra criança. Porém, a mãe descarta essa versão.