Feminicídio

GCM suspeito de matar esposa ameaçou filho da vítima com arma, diz PC

A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu o…

GCM que matou esposa com tiro nas costas ameaçou filho da vítima com arma, diz PC
PC prende suspeitos de latrocínio contra mulher para sanar dívidas de drogas (Foto: Jucimar de Sousa)

A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu o inquérito do guarda civil metropolitano suspeito de matar a esposa, Caroline Conceição do Nascimento, com um tiro nas costas, no primeiro dia do ano, em Goiânia. A conclusão do inquérito mostra que o filho da vítima, de apenas seis anos, também teve a vida ameaçada, visto que homem teria lhe apontado a arma usada para atingir a mãe.

De acordo com o delegado Rilmo Braga, titular da DIH, a mulher já havia sido ameaçada de morte anteriormente, e, inclusive, solicitou uma medida protetiva contra o companheiro, mas acabou retirando, poucos dias depois.

O GCM segue preso e, segundo o delegado, assim deve permanecer até o julgamento, uma vez que representa risco aos parentes da vítima e testemunhas.

Já o filho de Caroline está com a avó materna, no Amapá, onde vem sendo acompanhado por uma psicóloga.

Relembre

O crime aconteceu no Residencial Aruanã. As investigações apontaram que o casal teve uma discussão devido à agressividade do suspeito contra a criança. O GCM acusava o menor de ter pego o celular dele e desaparecido com o aparelho. Ele, então, ameaçou o menino de morte apontando a arma contra ele, atitude confirmada pelo inquérito.

A vítima, nesse momento, interviu na defesa da criança e conseguiu tomar a arma do suspeito. Ela atirou duas vezes contra o GCM, que foi atingido no ombro e em um dos braços.

Na sequência, ela jogou a criança por cima do muro de um vizinho para que ficasse protegida, já que o portão da própria casa estava trancado e a chave estava com o guarda.

Enquanto isso, o suspeito conseguiu reaver a arma e atirou nas costas de Caroline, que morreu na hora. Ele, também ferido, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), sem risco de morte.

Ao Mais Goiás na época do crime, colegas de trabalho alegaram que ele estava afastado há três meses e realizava tratamento psiquiátrico por vários anos. A corporação se pronunciou sobre o caso.

A Guarda Civil Metropolitana vem informar que o GCM envolvido no caso já estava afastado das funções operacionais e administrativas há alguns anos. Diante dos fatos, o mesmo estava recebendo tratamento social pela Assistência Social da GCM. Também informamos que o mesmo estava internado há poucos dias, recebendo supervisão interna e externa da instituição.

A GCM de Goiânia lamenta o fato e se colocará à disposição da justiça para esclarecimento sobre os fatos, bem como as orientações que forem pertinentes para as investigações da Polícia Civil. A GCM não compactua de forma alguma com qualquer tipo de violência e, em especial, contra as mulheres. 

É com muito pesar que a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia vem a público se manifestar solidariamente com a família das vítimas. Estamos ao inteiro dispor para ajudar no que for necessário.