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Homem esmagado por ponto de ônibus em Aparecida estava apoiado na estrutura; vídeo

Estrutura que causou a morte de Wellington pesava mais de 1 tonelada

Homem esmagado por ponto de ônibus em Aparecida estava apoiado na estrutura; vídeo
Homem esmagado por ponto de ônibus em Aparecida estava apoiado na estrutura; vídeo (Foto: Reprodução)

Wellington Oliveira, 27 anos, que morreu esmagado por um ponto de ônibus, em Aparecida de Goiânia, na quarta-feira (8), estava apoiado na estrutura, quando a mesma cedeu sobre ele. Um vídeo mostra o momento que ela cai em cima da vítima.

Uma amigo de Wellington disse em entrevista que ele tentava segurar a estrutura e o salvou, gritando para que ele saísse. O rapaz foi enterrado no cemitério municipal Jardim da Esperança, no município, às 17h de quinta-feira (9).

Vale citar, ainda na quinta-feira, a Superintendência de Defesa Civil de Aparecida de Goiânia realizou uma nova avaliação das condições dos abrigos dos pontos de ônibus do transporte público coletivo na cidade. No total, sete estruturas foram sinalizadas e interditadas por estarem em condições precárias.

A estrutura que causou a morte de Wellington pesava mais de 1 tonelada.

Tragédia

A estrutura de um ponto de ônibus no Jardim das Cascatas, em Aparecida de Goiânia, desabou sobre Wellington Oliveira, um prestador de serviço da prefeitura. O acidente aconteceu na manhã de quarta-feira.

Segundo informações, o homem, funcionário de uma empresa de engenharia que presta serviço para a prefeitura da cidade, iria tomar café com amigos quando foi atingido pelo teto do ponto. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local e confirmou a morte. “Foi realizado o içamento da estrutura e retirada do corpo, que foi levado pelo Instituto Médico Legal (IML)”, informou ao portal. A corporação não deu detalhes sobre os ferimentos causados pelo acidente.

De acordo com populares, a estrutura do ponto já estava em risco e ofícios foram enviados à prefeitura. Inclusive, o vereador Leandro da Pamonharia enviou, pelo menos, dois desses documentos. “Uma tragédia anunciada”, disse o parlamentar ao Mais Goiás. “A prefeitura me deixou sem resposta. A comunidade, os moradores cobrando… Esse ano fiz mais um ofício, infelizmente não atenderam”, completou e afirmou que, ainda hoje, irá ao local.

Destaca-se, o primeiro ofício de Leandro, datado de abril de 2022, pedia que a prefeitura enviasse “uma equipe competente para realizar um serviço de remoção de um ponto de ônibus (…). Segundo os moradores da região, o mesmo está muito ruim, desmontando, podendo, assim, causar até um acidente”.

Responsabilidade

Ainda no dia do acidente, a prefeitura de Aparecida afirmou que “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da CMTC”. Disse, ainda, que o este tipo de abrigo de concreto não foi instalado pela administração municipal.

A CMTC, por sua vez, respondeu que a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. “Cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana. A CMTC iniciou avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeituras a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.”

A Companhia, inclusive, enviou um documento ao portal, no qual consta a assinatura do ex-prefeito Gustavo Mendanha, que era presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), que estabelece aos municípios da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) a responsabilidade “por promover a manutenção, realocação ou instalação de abrigos, quando necessário, nos pontos de parada existentes em seus limites territoriais”. O texto é de janeiro de 2018.

Em nova posição, nesta quinta-feira (9), a prefeitura de Aparecida expôs que a Procuradoria-Geral do Municípios propôs à CMTC, em reunião no mês de janeiro desde ano, “que a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob, que opera e explora o sistema de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana de Goiânia”.