Laudos apontam causa de incêndio em empresa de reciclagem, em Aparecida de Goiânia
Os laudos do incêndio que atingiu a empresa de reciclagem Eco-VR Valorização de Resíduos Ltda,…
Os laudos do incêndio que atingiu a empresa de reciclagem Eco-VR Valorização de Resíduos Ltda, na noite da última quinta-feira (30), em Aparecida de Goiânia, apontam que as chamas foram causadas por gás butano dos cilindros de desodorante. A Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) entregou os laudos nesta quarta-feira (5), na Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Dois funcionários morreram no incêndio, um no local e outro no hospital. Outros quatro ficaram feridos. A perícia descartou que o fogo tivesse começado em um botijão de gás. E informou que a parte elétrica da empresa não tinha nenhuma falha e funcionava dentro das normas de segurança.
O perito Celso Faria de Souza afirmou que, por meio da análises de câmeras de segurança, foi possível ver quando funcionários da empresa retiravam o gás dos cilindros para iniciar o processo de reciclagem. “Trata-se de um gás mais denso que o ar e altamente inflamável. Ele formou uma espécie de ‘cobertor’ sobre ao solo. A primeira explosão teve início após essa espécie de cobertura ter entrado em contato com algum ignitor”, afirma.
A perita Joara de Paula Campos falou do trabalho de perícia no corpo de uma das vítimas que faleceu no local. Ao chegar, o homem foi encontrado com lesões de chamas de grandes proporções. “Para escapar do incêndio, a vítima teria que correr a uma velocidade de 14 km/h em um tempo de 22 segundos, até conseguir deixar o local”, afirma Joara.
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Investigações
O delegado Diogo Barreira, da 7ª Delegacia Distrital da Polícia Civil (PC), destacou a importância dos laudos para a conclusão do caso. “São informações fundamentais para o nosso trabalho. Hoje ouvimos o dono da empresa e o gerente da unidade. A tragédia resultou em mortes e, por isso, os responsáveis podem responder por homicídio culposo”, ressaltou.
Os laudos serão anexados ao inquérito policial e servirão como prova. Segundo o delegado, as vítimas que sobreviveram já foram ouvidas. “De acordo com as investigações, a empresa acabou assumindo o risco de que o acidente fosse provocado. A Eco-VR pode ser indiciada por homicídio culposo, por dolo eventual ou crime de incêndio” conclui Barreira.