HOMICÍDIO

Mãe diz que matou filha porque ela chorava demais ao sentir cólica, em Nazário (GO)

A adolescente de 17 anos que confessou ter agredido a filha de dois meses até…

Mãe diz que matou filha porque ela chorava demais ao sentir cólica, em Nazário (GO)
Mãe diz que matou filha porque ela chorava demais ao sentir cólica, em Nazário (Foto: Ilustrativa/Agência Brasil)

A adolescente de 17 anos que confessou ter agredido a filha de dois meses até a morte, em Nazário, afirmou que cometeu o crime porque a menina chorava muito ao sentir cólicas. O depoimento foi dado ao delegado Fernando Alves, responsável pela investigação. A menor foi apreendida na segunda-feira (12), pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio. O pai da bebê não participou das agressões, mas também foi preso porque assistiu ao crime e não tentou impedi-lo.

“Ela (mãe) falou que estava muito impaciente, que a criança chorava muito e ficava com muitas cólicas. A impaciência dela somado ao consumo de drogas e álcool na noite anterior levou a situação de óbito da criança. Inclusive, no depoimento, ela falou que queria que a menina morresse”, explica o delegado.

Quando a investigação começou, o casal trocava acusações em relação à autoria do assassinato da bebê. Porém, quando foram entrevistada sozinha, a adolescente confessou que tirou a filha do berço após uma briga com o namorado e a sacudiu com insistência, além de dar tapas na cabeça da criança até que ela morresse. Um laudo apontou que a menina sofreu traumatismo craniano.

O pai da bebê é um rapaz de 23 anos que não participou da agressão, mas que também não tentou impedir a mulher de agredir a filha. Como ele descumpriu o dever legal de proteger a criança, foi autuado por homicídio qualificado. “Os pais tem o dever legal de evitar algo maior para com seus filhos, por isso, nesse caso, o pai foi autuado também por homicídio, já que ele nada fez para evitar a morte da bebê”, comenta Fernando.

A mãe continua apreendida e pode ficar até três anos em reclusão, que é a pena máxima cumprida por menores de idade. Já o pai poderá ser levado a júri popular com prisão de até 30 anos por homicídio qualificado.

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