Mães de alunos do Cmei de Aparecida enfrentam dificuldades devido a greve dos professores
Prefeitura realizou, nesta quarta-feira (7), uma nova tentativa de negociação

A greve dos servidores da educação municipal de Aparecida de Goiânia, iniciada no dia 29 de abril, tem causado transtornos para as famílias que dependem dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). Uma das unidades afetadas é o CMEI José Vicente. A enfermeira Edmara dos Santos Baldoino, de 34 anos, relatou ao Mais Goiás os desafios de conciliar trabalho e cuidados com a filha sem o apoio da escola.
Edmara, mãe de uma criança de 3 anos, contou que precisa se desdobrar para cuidar da filha durante a paralisação. “Estamos nos revezando. Eu, meu pai e minha mãe para faltar ao trabalho e ficar com ela. Isso coloca nossos empregos em risco, além dos descontos nos salários”, desabafou.
A greve começou após a categoria rejeitar a proposta da Prefeitura sobre o pagamento do piso salarial nacional dos professores. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), a proposta não apresentava um cronograma claro para o pagamento dos valores retroativos, o que levou à decisão pela paralisação.
Prefeitura alega dificuldades financeiras
Em nota, a Prefeitura afirmou que já quitou R$ 58 milhões referentes à folha de dezembro de 2024 e mantém os salários dos servidores em dia. A proposta apresentada aos professores inclui um reajuste de 6,27% no piso nacional a partir de maio, mas a categoria exige o pagamento imediato das diferenças salariais acumuladas.
Segundo a Prefeitura de Aparecida, nesta quarta-feira (7), o prefeito e auxiliares receberam os presidentes do Sintego e representantes da Câmara Municipal para uma nova rodada de negociação. A administração aguarda que a categoria compreenda a situação financeira do município e suspenda a paralisação.
Nota da Prefeitura de Aparecida de Goiânia
A atual gestão da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que assumiu o município em janeiro de 2025, herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a administração já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento referente a dezembro de 2024, deixados pela gestão anterior. Além disso, a atual gestão mantém o salário dos servidores rigorosamente em dia, efetuando o pagamento dentro do mês trabalhado.
Diante dessa realidade financeira, o prefeito Leandro Vilela e equipe, por meio das secretarias de Educação, Administração, Fazenda e Procuradoria Geral do Município, mantém diálogo constante com a categoria e propôs o reajuste de 6,27% do Piso Nacional dos Professores para a categoria a partir de maio, quando também será aplicado a data base dos servidores administrativos.
Nesta quarta-feira, 7, o prefeito e auxiliares receberam os presidentes do Sintego e representantes da Câmara Municipal para uma nova rodada de negociação e aguarda que a categoria compreenda a situação financeira do Município e suspenda a paralisação.