MUDANÇA

Menino de 5 anos agredido por professora em Goiânia ganha vaga em nova escola

A professora foi indiciada por lesão corporal dolosa

Câmeras registraram a agressão ocorrida no dia 4 de junho (Foto: Reprodução)
Câmeras registraram a agressão ocorrida no dia 4 de junho (Foto: Reprodução)

O menino de 5 anos agredido por uma professora no Centro de Educação Infantil (CEI) Pagiel, em Goiânia, será transferido para outra unidade da rede municipal. Ele retorna às aulas no novo local nesta terça-feira (12). A mudança foi definida após pedido da família e apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME).

A professora foi indiciada por lesão corporal dolosa. Imagens do circuito interno da escola mostram o momento em que ela puxa o menino pela blusa, o derruba no chão e, em seguida, volta a agarrá-lo.

Segundo a mãe da criança, Mirya Gonzaga, o filho, que estudava na unidade desde os dois anos, foi arremessado ao solo, sofrendo uma lesão na cabeça. A direção encaminhou o material à polícia e iniciou processo para demitir a servidora por justa causa.

A professora negou ter agido de forma intencional, alegando que a criança caiu acidentalmente enquanto ela ajudava a vestir a blusa. Já a SME informou que afastou a profissional imediatamente, colaborou com as investigações e providenciou a transferência do aluno.

Hisórico de agressões na unidade

Mirya relatou ao Mais Goiás que o filho já havia sido vítima de outras agressões na mesma escola. Entre os episódios citados estão uma suposta batida com tesoura na cabeça, beliscões que deixaram hematomas e uma situação em que a professora teria incentivado a criança a agredir outro aluno.

Ela também afirma ter sido procurada por outras mães com queixas semelhantes envolvendo diferentes unidades do CEI Pagiel. Em um caso, a mãe de uma aluna disse que a filha foi segurada com força no rosto por uma funcionária e que, ao pedir as filmagens, a escola se recusou a mostrar o material. Sem provas, decidiu retirar a criança da instituição e não denunciar.

“Notei que esse tempo que ele ficou sem ir [à escola] ele ficou até mais calmo”, relatou a mãe.

Segundo Mirya, a agressão mais recente aconteceu em 4 de junho. Na data, a criança relatou, na presença da coordenadora, ter sido jogada de cabeça no chão. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que concluiu pela materialidade e autoria do crime, resultando no indiciamento da professora.

A defesa da investigada não foi localizada pela reportagem.

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