REUNIÃO REMOTA

“Não adianta falar em máscara e distanciamento e abrir boate”, diz Caiado a prefeitos

Durante o encontro com 32 prefeitos, o governador Ronaldo Caiado (DEM) abriu espaço aos prefeitos…

“Não adianta falar em máscara e distanciamento e abrir boate”, diz Caiado a prefeitos
“Não adianta falar em máscara e distanciamento e abrir boate”, diz Caiado a prefeitos

Durante o encontro com 32 prefeitos, o governador Ronaldo Caiado (DEM) abriu espaço aos prefeitos para que os mesmos dessem ideias para os novos rumos que o Estado deveria tomar em relação à quarentena para conter a pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, estas precisam ser compatíveis com a realidade. “Não adianta falar em máscara e distanciamento e abrir bar e boate”, disse o democrata, que complementou: “Responsabilidade não só do governador, mas de todas as autoridades municipais e estadual.”

O prefeito Iris Rezende (MDB), que iniciou as participações dos gestores municipais, disse nunca ter visto em seus mais de 60 anos de vida pública um momento tão preocupante. “O mundo está anestesiado diante desse vírus desconhecido.” Segundo o emedebista, apesar da capital viver com intensidade a situação, com mais de mil infectados, a administração tem conseguindo de forma integrada com o governo reduzir essa mal. “Estamos de mãos dadas com o projeto de Caiado”, afirmou.

Já o prefeito de Araçu, Joelton Bernardo da Costa (PMDB) disse que a cidade faz o dever de casa e que irá seguir o governador no que ele decidir, apesar de não ter casos confirmados. Gustavo Mendanha (MDB), de Aparecida de Goiânia, citou que o município tem feito testagens diárias e inquérito sorológico (pesquisa por amostragem), além de flexibilizar a abertura do comércio com regras rígidas e fiscalização. Segundo ele, independente da decisão do governo, a cidade endurecerá em caso de 70% de ocupação dos leitos de UTI. Ele sugeriu, ainda, que fosse trabalhada a questão da regionalização da Saúde, o que o gestor estadual reforçou estar trabalhando.

Prefeito de Aragarças, José Elias (Pros) declarou que a cidade sofre a pressão do Mato Grosso. Ele diz que, com a ajuda da Polícia Militar, a cidade tem seguir o decreto do Estado para evitar a proliferação do vírus. “Estou procurando seguir o que senhor decretar”, se dirigiu a Caiado. Roberto Naves (Progressistas), de Anápolis, ressaltou que quem fez o dever de casa poderá ficar mais confortável. Ele lembrou que a cidade já prevê, em um único decreto, situações distintas de risco da cidade. “Cálculo está na matriz epidemiológica do Ministério da Saúde, com base na Organização Mundial de Saúde (OMS).”

Discurso único e mais

Já o prefeito de Aruanã, Hermano de Carvalho (PSDB), deu algumas sugestões. “Queria que o senhor analisasse de puxar essa situação para uma unidade. Que o senhor tentasse uma harmonização com o presidente e os demais governadores um único discurso, pois o contrário faz uma confusão na cabeça da pessoa.” Para ele, também é necessário dar atenção especial ao salvamento de vidas, sem desprezar a questão econômica. “Aqui, têm situações que precisam ser adequadas. Os ribeirinhos dependem do rio. Mas a gente está aqui para obedecer.”

De Caldas Novas, o prefeito Evandro Magal (Progressistas) lembrou que a cidade e região representa 60% do arrecadamento de turismo no Estado. “Nos próximos meses teremos baixa procura no turismo.” Ele citou, ainda, testes rápidos e barreiras funcionando na cidade, além de 12 respiradores e mais. “A prefeitura está terminando um hospital, que posso colocar a disposição do senhor [Caiado], para a região”, ofereceu – e Caiado disse que irá recorrer. Segundo ele, a cidade suporta até 80 casos, sendo que o município tem um confirmado. Com 160, ocorre o fechamento total. Para ele, então, como sugestão, o ideal é não fechar o que já está funcionando, e reforçar a fiscalização.

Rafaell Melo, de Ceres, afirma que, mesmo entendendo o isolamento, existe uma preocupação grande com a crise econômica. A sugestão do gestor é que Caiado faça a análise caso a caso. “Nesse momento, Ceres, hoje, tem condição de manter sua atividade comercial. Perdemos quase 50% de uma receita que já era bastante crítica.” Neste momento, o governador reforçou que o encontro é para se definir os rumos que a administração deve tomar para ajudar os municípios.

Outras posições

Fábio Correia (Progressistas), Cidade Ocidental, afirma estar em uma região diferente. Segundo ele, a referência do município, com 100 mil habitantes, tem Brasília como referência. Ele pediu a chance de conversar pessoalmente com o governador para traçar uma estratégia única com prefeitos da região, já que boa parte da população atua na capital federal.

Prefeito de Formosa, Gustavo Marques (Pros), declarou que o comércio está controlado, mesmo com os dez casos ativos de Covid-19. Ele diz que fechou as entradas da cidade para ônibus, bem como a rodoviária. “Justamente para controlar o trânsito de comércio.” Segundo o gestor, a cidade possui 12 leitos com respiradores (nenhum ocupado) e o hospital municipal já deve ser entregue na cidade na próxima semana. “E no nosso próximo decreto, como sugestão, faremos uma redução de horários no comércio. Abrir ao meio dia e fechar às 18h. Não juntar com a aglomeração dos bancos (abre de 8h às 12h).” Por fim, ele diz que está aberto ao que o governador decidir e chegar a um consenso, sem esquecer a vida do povo da cidade.

A prefeita de Goiás, Selma Bastos (PT), informou que tem seguido a risca as orientações da MS, OMS e, sobretudo, do governador Ronaldo Caiado. “Somos polo regional de 17 municípios”, lembrou ao citar ter estabelecido, desde o início, um comitê plural de combate à Covid-19. “Temos o Hospital São Pedro de Alcântara, com dez leitos de UTI tradicionais, mais uma UTI com cinco eleitos, toda equipada. Esperamos não precisar usar, mas estamos preparados.” O município ainda não tem casos.

Avaliação

Já o prefeito José Antônio (PTB), de Itumbiara, diz ter avaliado as intenções dos presentes como excelentes. “Porém, o que defendo é equilíbrio e bom senso na saúde e nos empregos, entendendo que ambos são essenciais.” Ele afirma que, após decisão do STF que deu autonomia aos municípios, a cidade decidiu pela verticalização, com abertura do comércio, visto que não houve casos críticos. “Nenhum leito está sendo utilizado por pacientes contaminados.” Para ele, a sugestão é pela retomada das atividades.

Zilomar Antônio (PSDB), de Jaraguá, explica que o município passou por uma pressão muito grande para reabrir o comércio, por causa do colapso da indústria de confecção. Para ele, agora a preocupação existe pela incerteza das análises caso a caso. Segundo ele, o hospital da cidade (estadualizado) não tem internados. Ele ainda pediu que ajudasse os comerciantes da cidade, que possuem um volume de grandes de máscara, o que o governador se prontificou a fazer.

De Jataí, Vinícius Luz (Progressistas), expôs que bares, boates e shoppings estão fechados, mas outros locais do comércio permanecem abertos. Defensor da flexibilização atual, afirmou que a cidade possui 17 leitos de UTI. Segundo ele, o ideal, como sugestão, é a avaliação periódica local e regional. “Mas vamos ficar fechados mais uns dias [bares, academias, etc.] para fazer uma nova avaliação.” Durante sua fala, ele foi informado que cidade teve seu primeiro óbito, um paciente já com outras comorbidades. Ao todo, a cidade registra 37 casos.

Dificuldades

“Continuamos com problemas de aglomeração de ônibus”, disse a prefeita de Luziânia, Edna Aparecida (DC). “Precisamos de intervenção junto a ANTT. Acredito que seja um problema de todo o entorno.” Como sugestão, ela pediu, ainda, que as igrejas são mantidas abertas aos domingos. “Além disso, vamos prever multas. A população tem que ver que a situação é real.”

Em relação a Mineiros, o prefeito Agenor Rezende (MDB) disse que a cidade possui dez leitos da prefeitura, mais sete de um hospital particular. Ele afirmou que a cidade segue com flexibilização e fiscalização. “Mas se precisar parar amanhã, vamos parar. Hoje não temos nenhuma pessoa internada [na cidade], somente uma em Rio Verde.”

Por sua vez, a gestora de Novo Gama, Sônia Chaves (PSDB), citou que grande parte de seus moradores trabalha em Brasília. Ela concordou com a prefeita de Luziânia, Edna, sobre a dificuldade dos transportes. “Temos 22 casos positivos, dois óbitos, seis curados, quatro hospitalizados no DF e dez acompanhados pela secretaria municipal de Saúde.” Segundo ela, o município flexibilizou atentamente, mas segue com a fiscalização e o comitê de crise. “Estamos tentando, mas precisamos do apoio do senhor [Caiado]. Vamos discutir o decreto para ver a melhor forma de salvar vidas, e o comércio, também.”

E mais

Francisco de Moura, o Claudiênio (PSDB), prefeito de Padre Bernardo, citou que a cidade tem um caso, já curado. A situação, segundo ele, é diferente dos colegas da região. Ele afirmou que uma loja no município, não é o mesmo que em Goiânia ou Anápolis, por exemplo. “Eu não vou teimar com ciência”, diz ele sobre o fechamento de bares, apesar de defender algumas flexibilizações específicas, como de restaurantes (com 50%). “Gostaria de sugerir dividir as cidades por níveis. Acredito que com isso vai preservar empregos, saúde e vida.” Para ele, é importante que o governador permita um relaxamento sem amarras, mas com responsabilidade. Caiado lembrou que lá é um local que recebe pessoas que vão a Brasília, local de maior número de infecção no País, ou seja, a situação não é tão simples. “Seja cauteloso mais um tempo”, pediu o gestor estadual.

A prefeita de Planaltina, Dona Cida (Pros), diz que a cidade flexibilizou no sentido do decreto de 19 de abril, mas fez uma barreira na cidade. Sobre os ônibus que vão para Brasília, todos os passageiros vão sentados e com máscara. Inclusive, existe multa para quem não estiver com o item cobrindo o rosto. “Mas eu preciso de você tudo. Tenho uma UTI, que está ocupada. Preciso de testes rápidos. Precise que libere para UPA se tornar um HCamp temporário (com dez UTIs e 20 leitos clínicos).” A cidade tem 38 casos positivos e dois óbitos. “Esperei o seu decreto, quando não colocou eu pensei: ‘Me ajude’.” O governador, ao comentar a fala da gestora, reforçou sua preocupação com o entorno. “Não ceda, não, prefeita. Segura para nós mais um pouco”, pediu Caiado, que se dispôs a ajudar. Sobre a UPA, ele disse que cobraria do secretário de Saúde Ismael Alexandrino para saber como estava o trâmite.

Porangatu, que também participou com o prefeito Pedro Fernandes (PSDB), disse ter a expectativa do Hospital de Campanha da cidade já estar pronto essa semana. “E assim, desafogar um pouco a região norte.” A documentação, segundo ele, está “OK”. Eles já possuem quatro respiradores e o secretário Ismael enviará mais cinco, conforme dito por ele. Ronaldo Caiado afirmou que está preocupado com as altas incidências do Tocantins e, por isso, não quer ser surpreendido. “Com isso, teremos condições de conter essa situação”, ressaltou o democrata.

Posição

Rialma tem 11 casos confirmados de coronavírus, conforme informou o prefeito da cidade de 11 mil habitantes, Fred Vidigal (PTB). Ele apontou, também, que o hospital municipal tem 25 leitos, sendo três com respiradores. Segundo ele, por conta da posição geográfica da cidade, será intensificado o trabalho de conscientização. Segundo ele, nenhum tipo de bar será flexibilizado. Porém, ele busca um consenso em relação a restaurantes, mas sem a venda de bebidas alcoólicas. “O que precisamos do governo do Estado é parte social e a intervenção do senhor na utilização de policiais da reserva para a parte de conscientização.”

Paulo do Vale (DEM), de Rio Verde, diz que a cidade já se preparava desde o fim de janeiro, quando começou a acompanhar o cenário internacional. Ele cita o hospital de campanha, com cem leitos, que foi construído em sete dias. Segundo ele, a flexibilização na cidade foi feita de forma segura, tendo 27 casos, com dois óbitos. “A curva foi achatada. Dia 20 [de abril] saiu o decreto e só flexibilizamos no dia 27.” Como sugestão, ele pede para reforçar as barreiras sanitárias nas fronteiras, dada a posição central do Estado. “Ainda teremos muitos vírus de outras regiões.”

João Pena (PR), de Rio Quente, também se manifestou. Ele lembra que, apesar da cidade ser pequena, recebe muitos turistas, por isso tem uma barreira sanitária “afiada”. O município não tem casos, mas possui uma sala isolada em um posto de saúde, com um respirador. “E seguimos o decreto do governador. O isolamento social continua sendo uma arma importante no combate ao coronavírus.”

O prefeito de Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Olívio Caldato (Pros), disse que são 22 casos positivos, em isolamento domiciliar, e um óbito. Segundo ele, a população tem buscado mais internações no DF, que na cidade. O município possui um respirador e duas UTIs. Segundo o administrador, a dificuldade maior é manter infectados e realizar o tratamento, principalmente se for mais grave. Ele também citou que a questão social é preocupante. “Mais de 8 mil famílias em estado de vulnerabilidade”, expôs a situação. Caiado disse que tentará agilizar o hospital de Águas Lindas para aliviar a situação. Sobre os mais carentes, ele disse que trabalha no objetivo de auxiliar essa população.

Turismo

Azaide Donizetti Borges (PSC), de São Miguel do Araguaia, disse que a população, prefeitos e o próprio governador são todos prejudicados nessa pandemia. Segundo ela, após muito clamores, a cidade resolveu flexibilizar o comércio adotando as medidas de prevenção. “Mas felizmente ainda não tivemos casos. Só um ambulante, que passou por aqui, mas testou em Gurupi, o que nos preocupou muito.” Isso motivou a gestora a publicar um decreto mais severo, que será colocado na terça-feira (19). “Não vamos flexibilizar mais as decisões. Sentimos que estamos cercados e precisamos redobrar os cuidados.”

Ela aproveitou, ainda, para citar o distrito de Luiz Alves. A prefeita disse se preocupar com o setor hoteleiro, que tem cumprido o decretado pelo governador. “Luiz Alves está cheio de turistas, que estão em casas de aluguéis.” A prefeita diz que colocará uma barreira sanitária no distrito, mas pediu uma orientação para sanar os problemas dos donos de hotéis e pousadas. “E também guias de pesas e canoeiros.” Caiado, por sua vez, disse que encaminhará o secretário de Turismo para tratar da situação. “Realmente não é justo que as pousadas sejam sacrificadas, enquanto as pessoas alugam casas”, afirmou o governador.

Em sequência

O prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes (PSD), disse que tem percebido que as maiores demandas são em relação a respiradores. Segundo ele, a cidade tem Unidade de Saúde nova, com dez leitos de UTI, mas a dificuldade é, justamente, a compra de respiradores, o que ele gostaria que o governo do Estado ajudasse. Em relação a abertura, ele afirma que segue dentre do decreto, que tem sido acompanhado por um grupo de combate à doença. “Estamos muito junto com o que acontece com a região metropolitana”, explicou. “Queremos estar juntos. Temos que seguir a grande Goiânia.” Caiado disse ser articulado, mas “quanto aos respiradores está uma guerra. Se comprou não recebeu, se recebeu está sendo denunciado… Estou tentando esse trabalho junto a umas empresas nos Estados Unidos. Não estou tendo nem para atender os hospitais estadualizados”, lamentou o líder do Executivo de Goiás.

Jânio Darrot (PSDB), prefeito de Trindade, que flexibilizou recentemente o comércio (inclusive com a abertura de bares), informou que a cidade tem 30 casos confirmados e dois óbitos. A ideia do gestor é criar protocolos padrões para os casos mais simples, o que amenizaria a questão da ocupação de leitos – inclusive, verificando aqueles que têm sido usados com sucesso em outras cidades. Segundo ele, são 72 leitos disponibilizados para a Covid-19, no município. Ele citou, ainda, a hidroxicloroquina, o que ele julgou importante como pauta de debate.

Sobre a flexibilização, ele justificou que há uma situação de equilíbrio na cidade (sem a rede de alta complexidade sobrecarregada) e que este só foi feito após o decreto do governador, de 19 para 20 de abril. Caiado comentou que Trindade é uma cidade de turismo religioso. Ele afirmou ter preocupação com a flexibilização dos bares. “Não é possível estar de máscara em um bar.” Outro assunto que ele citou foi sobre a romaria. Segundo ele, 350 mil pessoas dias passam pelo local (conforme dados passados). Para o governador, a data do evento não estaria fora da pandemia, mesmo esta sendo virtual. “Manter-se o calendário eu acho de um risco enorme.”

Jânio reforçou que esta será uma romaria virtual, mas que pode haver alguma presença física, por isso seria importante a ajuda do Estado nessa fiscalização. Caiado emendou que pedirá uma reunião para tratar sobre o tema.

Por fim

O prefeito Pábio Mossoró (MDB), de Valparaíso de Goiás, apontou que 66 casos confirmados da Covid-19 e dois óbitos. Ele lembrou que a cidade está próxima do distrito e tem mantido contato com os demais gestores do entorno. A preocupação, segundo ele, é de manter o controle. “Essa semana, inauguramos quatro leitos semi-intensivos. Estamos fazendo investimentos em insumos, máscaras, capotes, testes…” De acordo com ele, nenhum gestor municipal sozinho dará conta, por isso conta com o apoio do governo do Estado. Ele pontuou que houve flexibilização, inclusive no funcionamento de um shopping, com atuação reduzida. “E a nossa fiscalização está atuando. Nossa responsabilidade é salvar vidas e fazer com que a economia não tenha prejuízos.”

Segundo ele, medidas mais duras serão decretadas, com penalidades para os comércios que não estiverem respeitando a situação. Como sugestão, Caiado pediu que Pábio mantivesse o controle para não haver um pico maior na cidade.

Prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango (PTB), lamentou que a cidade tenha 61 casos confirmados e dois óbitos. Apesar disso, ele justificou que houve uma flexibilização na cidade no momento que existiu a possibilidade do Hospital de Campanha, que ainda não se concretizou. Para ele, o que mais assusta é a falta de estrutura. Ele aproveitou, ainda, para reforçar o pedido de regionalização da saúde. “Queríamos a questão do Hospital Hugo 9. Não sabemos quando vai acabar essa pandemia, então se tivéssemos uma hospital regional ajudaria muito.”

Segundo Caiado, foi cobrado, nesta segunda, um edital para a realização do Hugo 9, que ele espera ser publicado em breve. Sobre o hospital de campanha, o governador disse, também, ter conversado com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, que relatou estar discutindo o assunto. O gestor cobrou, ainda, que a unidade precisa ser entregue com 40 leitos de UTI. “Estou empenhado nesse assunto e quero ver se consigo uma resposta o mais rápido possível.” Ele também pediu mais fiscalização por parte do prefeito, que disse que nesta terça-feira haverá a previsão de multa.

O prefeito de Alto Paraíso, Martinho, também resumiu o boletim: apenas um caso em observação. “Eu tenho acompanhado rigorosamente o decreto do senhor”, garantiu. “Mas a pressão é enorme, pessoas do ramo do turismo, que trazem sugestão, porém, por enquanto, estamos na expectativa da unidade hospitalar de Formosa. Eu preciso ter muita responsabilidade. Às vezes por uma diária de R$ 100 colocamos vidas em risco.” Ele informou que vê com preocupação a questão reabertura e que espera uma momento oportuno. “Então, vamos seguindo as orientações de Ronaldo Caiado.”

O procurador geral do Estado, Aylton Vecchi, finalizou o encontro. Ele defendeu uma conscientização maciça da população e uma maior fiscalização, além de manifestar preocupação, também, pela realização da romaria de Trindade. “Esse vírus parece que, enquanto não for visto, ele parece não ser capaz de sensibilizar. Então rogamos aos prefeitos que atuem como parceiros do Ministério Público”, disse o membro do MPGO.

Caiado avaliou que todas as regiões foram ouvidas e pediu parceria, além de práticas de política de conscientização, sem transigir. Adib Elias (Podemos), de Catalão, não estava presente. Renato de Castro (MDB), de Goianésia; Geraldo Antônio (PSDB), de Professor Jamil; Valmir Pedro (PSDB), de Uruaçu; e João do Léo (DEM), de Pirenópolis, também não participaram. O encontro durou quase de cinco horas.

Confira o que Caiado disse no início da reunião: 

Medidas de isolamento que Caiado desistiu de adotar atingiriam só 32 municípios; veja lista