Motivo fútil

Preso vigilante suspeito de matar porteiro por conta de bola de papel, em Itumbiara

A Polícia Civil (PC) prendeu, no início da manhã desta quarta-feira (29), o vigilante Wallas…

A Polícia Civil (PC) prendeu, no início da manhã desta quarta-feira (29), o vigilante Wallas Gomes de Lima, de 27 anos, principal suspeito de assassinar o porteiro Guilherme Alves, de 23 anos, com três tiros na cabeça. O crime ocorreu em outubro de 2018, após discussão entre os homens por conta de uma bola de papel jogada no chão, em um condomínio de Itumbiara, onde ambos trabalhavam.

Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Vinícius de Castro Penna, o Wallas estava foragido desde o dia do assassinato. “Na data do fato realizamos diligências em busca do autor. Nas últimas semanas intensificamos as buscas e as tratativas com a defesa dele”, disse. Após as negociações, o suspeito se apresentou na sede do 2º Distrito Policial de Itumbiara. Ele será encaminhado para o Presídio Regional do município, onde ficará à disposição do Poder Judiciário.

(Imagem: Reprodução)

Em Abril de 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou o vigilante por homicídio duplamente qualificado. Na ocasião, o promotor de Justiça Marcelo de Freitas defendeu que o réu dificultou a defesa da vítima, uma vez que Guilherme estava em seu local de trabalho, totalmente desarmado, e ao perceber que estava com a arma apontada contra ele, levantou as mãos para demonstrar que não queria briga, além de ter virado de costas sem qualquer possibilidade de defesa.

Relembre

O assassinato foi provocado por um desentendimento, segundo a Polícia Militar (PM), decorrente de uma bola de papel arremessada ao chão pelo atirador. Na época, a vítima reclamou e pediu que o suspeito recolhesse e jogasse no lixo. A situação teria deixado Wallas bastante irritado, tendo ele respondido com xingamentos e iniciado uma discussão.

Após o desentendimento, o vigilante ameaçou dar um tiro na cabeça de Guilherme, que ligou para a chefia da equipe de vigilância do prédio, contando o que tinha acontecido e pedindo a sua presença no local. A vítima chegou a enviar um áudio a um parente, para avisar que foi ameaçado e pedir para que o familiar o encontrasse na saída do trabalho. A tentativa era de evitar nova confusão.

Depois da briga, o porteiro foi até seu carro, próximo à guarita e, quando voltava, falando no celular, notou Wallas vindo em sua direção com a arma apontada. Assustado, Guilherme levantou as mãos, demonstrando que não estava armado e virou de costas para acusado, que atirou. Já caída no chão, a vítima recebeu mais dois tiros. Todos os disparos foram dados na cabeça. Depois de atirar, Wallas, demonstrando extrema frieza, foi até a sala onde fica o cofre da empresa, guardou a arma do crime, e fugiu.

À época,  a Tecnoseg, empresa que empregava ambos os envolvidos lamentou a fatalidade e alegou estar tomando “todas as medidas possíveis para evitar e prevenir” novos casos. Também ressaltou que realiza “treinamento apropriado, cursos, checagem de antecedentes, reciclagem, testes psicotécnicos e acompanhamento psicológico dos profissionais” para evitar situações semelhantes. A companhia destacou ainda estar prestando apoio à família da vítima.