VERSÃO DO ESTADO

Professora que teve fotos nuas vazadas foi demitida após convocação de concursados, diz Seduc

A professora Bruna Flor diz que foi demitida após ter fotos nuas vazadas por alunos da escola em que trabalhava

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse que a professora que teve fotos nuas vazadas por alunos foi demitida após a convocação de concursados. O pronunciamento da pasta estadual aconteceu depois que a professora Bruna Flor de Macedo denunciou ter sido dispensada em razão da divulgação das imagens pessoais dela. O caso aconteceu em Alto Paraíso de Goiás e é investigado.

Em nota, a Seduc informou que a professora havia sido contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira. “O desligamento da profissional se deu devido à convocação em 2023 de novos professores aprovados no concurso público realizado em 2022, que assumiram, de forma efetiva, vagas dos contratos especiais na rede pública estadual de ensino”.

O texto não menciona a questão do vazamento das fotos da professora, mas diz que, sobre os fatos que envolvem a conduta da profissional, a Seduc “segue a legislação de proteção à criança e adolescente, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sempre trabalhando com zelo e prezando pela harmonia e respeito entre os servidores e estudantes”.

A professora, no entanto, alega que, depois de ter fotos nuas vazadas por alunos, passou a ser destratada por colegas e pela gestão da escola. A demissão ocorreu em menos de oito meses após o início do contrato, em 2023, que tinha duração de cinco anos, de acordo com ela. Bruna relata que vem passando por dificuldades financeiras, já que seu sustento vinha do trabalho na escola.

“Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi vítima na situação”, disse a professora.

Vazamento de fotos nuas

A professora relatou que teria emprestado o celular aos alunos para que eles registrassem fotos de um evento sobre o Mês da Consciência Negra para uma atividade que seria aplicada posteriormente. Os alunos teriam acessado a pasta de fotos particulares e compartilhado com os outros estudantes imagens dela nua.

A professora de Alto Paraíso de Goiás contou que a gestão da escola descobriu o caso após uma coordenadora ver estudantes reunidos, e perceber que eles estavam olhando as fotos. O caso aconteceu em novembro do ano passado.