Quatro pacientes de Manaus recebem alta em Aparecida de Goiânia

Quatro pacientes que vieram de Manaus para Goiás e estavam internados no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) receberam alta nesta quarta-feira (27). Eles estavam na unidade desde o último dia 18 de janeiro, em estado grave, em razão da crise do oxigênio em seu estado de origem. Profissionais de saúde que os atenderam celebram a recuperação.

Segundo Luciano de Moura, diretor de Avaliação e Controle da SMS de Aparecida, os pacientes estão curados da doença, mas ainda ficarão em uma residência em Goiânia até que todo o trâmite de retorno seja resolvido. “Eles também vão ficar em observação e, qualquer intercorrência, eles devem retornar ao hospital”, afirma

Os pacientes que tiveram alta são: João Bosco Couto de Araújo, de 60 anos; Thiago Aguila Duarte, de 26, Priscila Lima Roque e Ezequias Guerreiro Marques, ambos de 37. João e Thiago estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já os dois últimos estavam na enfermaria da unidade. “Eles ficaram separados e foram atendidos por profissionais preparados para atender esses pacientes”, explica Luciano.

“Eu não sei o que teria acontecido”

Thiago agradeceu aos profissionais de Saúde de Aparecida por todo o atendimento prestado e relatou um pouco de como estava a situação em Manaus antes de vir para Goiás. “Eu estava na fila e não era a prioridade por oxigênio por ser o mais novo. Então, eu fiquei um dia e meio respirando só com a força do meu pulmão. Se eu não tivesse vindo para cá, eu não sei o que teria acontecido comigo”, pontua.

[olho author=””]”A situação de Manaus também chegou a tal situação por causa das pessoas. Eu nunca imaginei passar por isso. Eu só sei que as pessoas aqui foram maravilhosas comigo e, quando tudo normal, eu quero vir aqui para agradecer a equipe do hospital”, sublinha.[/olho]

Mortes

Na manhã da última terça-feira (26), o Mais Goiás noticiou a morte de dois pacientes que estavam na unidade: uma mulher, de 58 anos, que apresentou uma piora no seu quadro clínico e faleceu na última segunda-feira (25), 12 horas após o agravamento, e um homem, de 46 anos, que morreu pela manhã da última terça.

Porém, pela noite, uma outra paciente, de 57 anos, também morreu. Todas as vítimas que vieram a óbito estavam na UTI do HMAP. “Todos os pacientes que morreram já chegaram na unidade com uma situação muito crítica. O exame de tomografia, por exemplo, mostrava que eles estavam com 50% a 75% dos pulmões comprometidos pela doença. E também já tinham alguma comorbidade como cardiopata, hipertensão e diabetes”, pontua Luciano.

Com isso, o HMAP ainda tem três pacientes na enfermaria e quatro internados na UTI. A previsão é que os internados na enfermaria tenham alta nos próximos dias.