Economia

Reestruturação da Anglo American gera expectativa em municípios de Goiás

CEO da Anglo American fala em "mudança radical no desempenho operacional e na redução de custos"

Planta da Anglo American no Brasil (Foto: Reprodução)
Planta da Anglo American no Brasil (Foto: Reprodução)

Na última terça-feira (14), a Anglo American admitiu a possibilidade de vender ativos da multinacional no mundo todo. A declaração já repercutiu em municípios de Goiás onde a Anglo opera, como Niquelândia e Barro Alto. Uma oferta da rival BHP Billiton já teria sido recusada.

“Esperamos que um negócio radicalmente mais simples proporcione criação de valor adicional sustentável, através de uma mudança radical no desempenho operacional e na redução de custos”, disse o CEO da empresa, Duncan Wanblad. A reestruturação reduzirá os custos da companhia em US$ 1,7 bilhão, segundo o executivo.

Com ativos em commodities que vão desde minério de ferro até platina e diamantes em vários continentes, a Anglo é uma das empresas de mineração mais diversificadas do mundo. No entanto, más apostas teriam consumido os lucros.

A multinacional informou que irá desmembrar a subsidiária de platina, a Anglo American Platinum; se desfazer da unidade de diamantes, a De Beers; vender os ativos de coque; e analisar opções para a operação de níquel. Cobre, minério de ferro e fertilizantes permanecerão no foco da companhia.

De acordo com veículos de comunicação de Niquelândia, na quinta (16) representantes da Anglo American se reuniram com o prefeito de Niquelândia, Fernando Carneiro, e explicaram que a crise no preço do níquel estaria por trás da necessidade de considerar alternativas como a paralisação temporária ou a venda das operações no Brasil.