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Crítica: Bigbug (2022) – Netflix

O ano é 2045. A inteligência artificial está em toda parte, e os seres humanos…

(Foto: Netflix)

O ano é 2045. A inteligência artificial está em toda parte, e os seres humanos a usam para praticamente tudo em suas vidas: fazer almoço janta, ligar a TV, limpar as sujeiras e até para procurar um objeto perdido. Mas certo dia, quatro robôs de um bairro residencial decidem trancar os seus donos dentro da própria casa. Mas eles apenas desejam salvar os seus donos, já que um grupo específico de IA começa uma revolta no mundo contra os seres humanos.

“Bigbug” é outra comédia estranha criada por Jean-Pierre Jeunet, mais conhecido pelo drama estiloso “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, e que nos últimos anos dirigiu algumas obras cheias de comentário social, e integradas dentro de narrativas curiosas e caricatas – intencionalmente, claro. Filmes como “Micmacs” ou “A Viagem Extraordinária” são ótimos exemplos de obras estilizadas, mas deliciosas de assistir. Prefiro este lado de Jeunet, do que quando ele resolve embarcar em romances chatos como “Eterno Amor”.

“Bigbug” é ainda mais estranho, caricato e propositalmente cafona do que outros projetos do diretor. O filme é claramente uma crítica à dependência cada vez mais frequente da tecnologia, e em como nós, seres humanos, temos retrocedido a cada dia em conhecimento e convivência social. Dinte do potencial, o longa não é tão engraçado como poderia, e o final possui uma resolução forçada para entregar um desfecho positivo. Além de ser longa sem necessidade, tornando arrastada uma história que poderia ser muito mais sucinta e objetiva.

Mas Jeunet é tão seguro de suas intenções, que “Bigbug” pode não ser uma obra marcante, mas é tão exagerada e rídicula que no fringir dos ovos o resultado me divertiu e agradou.

Bigbug/2022 – FRANÇA

Dirigido por: Jean-Pierre Jeunet

Com: Isabelle Nanty, Elsa Zylberstein, Claude Perron, Stéphane De Groodt, Youssef Hajdi, Claire Chust…

Sinopse: Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

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