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Novela da Globo foi inspirada em sequestro de advogado de Robinho

Ele é o bebê furtado logo após o parto que serviu de história para "Senhora do Destino"

Novela da Globo foi inspirada em sequestro de advogado de Robinho
Pedro Júnior Rosalino (Foto: Reprodução)

O ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, tem uma equipe de defesa com seis advogados. O grupo, que pertence ao escritório Alckmin Advogados, trabalha para rever a condenação dele a nove anos de prisão no Brasil por um estupro coletivo na Itália, em 2013, e um dos profissionais é chamado por seus colegas de “Doutor Pedrinho”.

A alcunha de Pedro Júnior Rosalino tem a ver com a sua história. Ele é o bebê sequestrado logo após o parto em 1986, em Brasília, e o drama de sua família serviu como uma das inspirações para a novela “Senhora do Destino”, de Aguinaldo Silva, exibida na Globo em 2004. Na trama, Maria do Carmo (Susana Vieira) busca por anos a filha Maria Lindalva (Carolina Dieckmann), roubada quando criança. Já adulta, ela é encontrada como Isabel, criada pela vilã Nazaré Tedesco (Renata Sorrah).

Pedrinho nasceu, em 20 de janeiro de 1986, e horas depois foi levado dos braços da mãe Maria Auxiliadora Rosalino por uma mulher que se apresentou com assistente social do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul de Brasília. Ela era Vilma Martins Costa, que sequestrou o bebê para criar como seu filho e deu o nome de Osvaldo Borges Júnior.

Em 2002, um exame de DNA confirmou que o menino era filho de Maria Auxiliadora e Jairo Braule Pinto após uma parente de Vilma desconfiar que o adolescente seria o bebê raptado há 16 anos. Vilma chegou a negar o crime, mas depois confessou e, na época, pegou 15 anos de prisão, já que os investigadores também descobriram que ela criava uma menina tomada de outro casal quando bebê, em 1979.

Em julho de 2003, o rapaz se mudou para a casa dos pais biológicos e adotou o nome de Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto. Hoje aos 38 anos, ele é advogado formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), casado e pai de duas crianças. A reportagem entrou em contato com o escritório Alckmin Advogados para comentar o caso, mas não obteve resposta.

Via Folhapress.