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Mundial de Clubes da Fifa terá premiação total de 1 bilhão de dólares

O Mundial de Clubes da Fifa irá ocorrer nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho deste ano

Troféu do novo Mundial de Clubes | Foto: Divulgação/Fifa

Por O Globo: A Fifa pagará um total de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,8 bilhões, na cotação atual) em premiação aos participantes do Mundial de Clubes, que será realizado nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho deste ano, revelou uma fonte próxima às negociações à AFP nesta quarta-feira.

Esse valor supera significativamente os prêmios oferecidos tanto na última Copa do Mundo masculina quanto na feminina.

A entidade máxima do futebol mundial forneceu poucos detalhes sobre o financiamento da primeira edição do torneio com 32 equipes, que acontecerá a cada quatro anos. No entanto, nas últimas semanas, assinou contratos com uma emissora e grandes patrocinadores.

A plataforma de streaming britânica DAZN adquiriu, em dezembro, os direitos exclusivos de transmissão global da competição. Segundo uma fonte próxima às negociações, o contrato foi avaliado em cerca de um bilhão de euros (R$ 6,2 bilhões).

Além disso, a Fifa fechou acordos de patrocínio com marcas como Coca-Cola, Bank of America, a empresa chinesa de eletrônicos Hisense e a cervejaria belga AB InBev.

Para efeito de comparação, a premiação total da Copa do Mundo masculina de 2022, no Catar, foi de 440 milhões de dólares, enquanto a Copa do Mundo feminina de 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, distribuiu 110 milhões de dólares.

Já a Liga dos Campeões da Uefa desta temporada, que adotou um novo formato com 36 clubes, distribuirá um total de 2,47 bilhões de euros (R$ 15,45 bilhões) aos times participantes.

A expansão do Mundial de Clubes pela Fifa gerou críticas generalizadas, especialmente na Europa, devido a preocupações com o bem-estar dos jogadores.

A FIFPro, sindicato global dos jogadores de futebol, e a Associação das Ligas Europeias apresentaram uma queixa contra a Fifa à Comissão Europeia em outubro, acusando a entidade de abusar de sua posição dominante ao sobrecarregar o calendário.

A UEFA também expandiu a Liga dos Campeões nesta temporada, e alguns jogadores, como Rodri, vencedor da Bola de Ouro, e Virgil van Dijk, capitão do Liverpool, já manifestaram preocupações sobre o excesso de jogos e até sugeriram uma possível greve.

“Acho que estamos perto disso. Se perguntar a qualquer jogador, ele dirá o mesmo”, afirmou Rodri em setembro, pouco antes de sofrer uma lesão no joelho que encerrou sua temporada. “Não é só a minha opinião. Acho que é a opinião geral dos jogadores.”

O torneio contará com 12 equipes da Europa, seis da América do Sul e quatro de cada uma das seguintes regiões: Ásia, África e América do Norte e Central.

Completam a lista de participantes o Auckland City e o Inter Miami, de Lionel Messi.

Nem todas as reações foram negativas. O técnico do Paris Saint-Germain, Luis Enrique, afirmou que “todos” querem disputar a competição.

“A cada quatro anos, teremos essa nova competição extremamente empolgante. Todos querem jogar o Mundial de Clubes”, declarou ele no ano passado.

O torneio será realizado em 12 estádios espalhados por 11 cidades dos Estados Unidos, com a final acontecendo no MetLife Stadium, em Nova Jersey, que também será palco da final da Copa do Mundo de 2026.