Futebol e política

Possível nova camisa da Seleção gera polêmica e debate político

A possível camisa vermelha da Seleção para a Copa de 2026 gerou polêmica e reabriu o debate sobre a mistura entre política e futebol

Possível camisa vermelha da seleção gera debate político
Foto: Imagem ilustrativa feita com IA

A possível mudança no segundo uniforme da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026, com a adoção das cores vermelha e preta, agitou não apenas os bastidores do futebol, mas também provocou forte reação no cenário político brasileiro. A informação, divulgada pelo site especializado Footy Headlines, de que o tradicional uniforme azul pode ser substituído por uma versão vermelha com o selo da linha Jordan, levantou polêmica principalmente entre políticos alinhados à direita, que enxergam na nova cor um viés ideológico.

A repercussão foi imediata nas redes sociais. Parlamentares bolsonaristas se manifestaram contra a possível mudança, associando o vermelho à bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT), em um momento delicado, já que 2026 será ano de Copa do Mundo e também de eleições no Brasil. O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) gravou um vídeo cobrando posicionamento da CBF, alegando tentativa de “politicagem” e “descaracterização da tradição brasileira”, ao lado de uma camisa amarela da Seleção. Curiosamente, a própria “amarelinha” já foi amplamente associada ao bolsonarismo nos últimos anos, tornando-se símbolo recorrente em manifestações políticas do grupo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por sua vez, divulgou nota oficial negando que as imagens do novo uniforme sejam oficiais e também a mudança. A entidade reafirmou seu compromisso com o estatuto, que prevê o uso das cores presentes na bandeira nacional, amarelo, verde, azul e branco, mas também abre brechas para modelos comemorativos, desde que aprovados pela diretoria. A Nike, fornecedora oficial desde 1996, também não confirmou nenhuma informação sobre o suposto novo modelo.