PANDEMIA

Índia se torna terceiro país no mundo a superar 4 milhões de casos de coronavírus

A Índia se tornou o terceiro país do mundo a ultrapassar quatro milhões de casos…

A Índia se tornou o terceiro país do mundo a ultrapassar quatro milhões de casos de coronavírus, estabelecendo um novo recorde neste sábado (5), enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que não espera uma vacinação generalizada antes de meados de 2021. Com 86.432 novos casos registrados neste sábado, a Índia contabiliza 4.023.179 infecções, logo atrás dos Estados Unidos (mais de 6,3 milhões) e do Brasil (4,1 milhões). Enquanto o governo flexibiliza as restrições, a Índia é atualmente o país com o balanço de casos que mais cresce, com mais de 80.000 por dia, e o maior número de mortes diárias, mais de mil.

No Iraque, o aumento de novos casos levou as autoridades a alertar que os hospitais podem não ser mais capazes de lidar com o crescente número de hospitalizações. O país registrou 5.036 novos casos na sexta-feira, elevando o total para 252.075, incluindo 7.359 mortes e 191.368 recuperações, de acordo com o ministério da Saúde. O ministério atribuiu o aumento aos recentes “grandes encontros” que ocorreram sem o devido respeito às medidas de precaução, como uso de máscara e distanciamento físico, especialmente durante a Ashura, um dos mais importantes encontros religiosos do Islã xiita.

A pandemia matou pelo menos 875.703 pessoas em todo o mundo desde o final de dezembro, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP a partir de fontes oficiais. Na sexta-feira, 5.693 novas mortes e 305.583 novos casos foram registrados em todo o mundo.

Atualmente, os países com os piores balanços de mortes são Índia, com 1.089 novas mortes, Estados Unidos (998) e Brasil (888). Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 187.777 mortes para 6.202.053 casos, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins. Neste contexto, a OMS anunciou na sexta-feira que não espera uma vacinação generalizada contra a covid-19 antes de meados de 2021.

Um número considerável de vacinas candidatas já entrou na fase 3 de testes. Sabemos de pelo menos 6 a 9 que já percorreram um longo caminho em termos de pesquisa. Mas em termos de um cronograma realista, realmente não esperamos uma vacinação generalizada até meados do próximo ano disse uma porta-voz da OMS, Margaret Harris à medida que os preparativos para a distribuição de uma vacina se aceleram, especialmente nos Estados Unidos.

A OMS “não endossará” uma vacina contra o coronavírus se ela não for segura e eficaz, enfatizou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, quando questionado sobre as preocupações levantadas pelo movimento antivacina.

A organização recomendou, porém, “o uso sistemático de corticoides em pacientes com uma forma grave ou crítica da covid-19”, à luz de estudos que mostram que esses medicamentos reduzem a mortalidade, de acordo com diretrizes publicadas na sexta-feira no periódico médico BMJ.

Na Rússia, quase um mês após seu anúncio com grande alarde pelas autoridades, os pesquisadores publicaram um primeiro estudo que mostra que sua vacina contra o coronavírus, a Sputnik V, está apresentando resultados preliminares encorajadores. A vacina em desenvolvimento pelo instituto de pesquisas Gamaleïa desencadeia uma resposta imunológica e não causou efeitos adversos graves, conclui o artigo de pesquisadores russos publicado pela prestigiosa revista britânica The Lancet, após avaliação por um comitê revisor composto por cientistas independentes. Esses resultados ainda não comprovam que a vacina protege efetivamente contra a infecção pelo novo coronavírus, o que será demonstrado em estudos maiores, apontam os especialistas.

A Suíça, por sua vez, registrou na sexta-feira mais de 400 novos casos em 24 horas pela primeira vez desde meados de abril, contaminações que agora afetam principalmente pessoas com menos de 40 anos.

No Brasil, organizações de defesa dos povos indígenas e do meio ambiente lançaram na sexta-feira um aplicativo para informar sobre a disseminação do coronavírus em terras indígenas, com o objetivo de proteger seus habitantes.

Este aplicativo permite monitorar em tempo real a situação da pandemia em cidades localizadas em um raio de 100 km do entorno de cada terra indígena”, explicou em nota à imprensa a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), autores do projeto.

O objetivo é reduzir o risco de contaminação, permitindo que os povos indígenas identifiquem as áreas mais afetadas e evitem deslocar-se até lá quando se deslocam pela cidade. Um dos líderes indígenas mais conhecidos do Brasil, o cacique Raoni Metuktire, com idade estimada de 90 anos, recebeu alta do hospital de Sinop na sexta-feira, onde foi internado no final de agosto após ser infectado com covid-19.